CAPÍTULO NOVE

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Charlie conseguiu impedir-se de ligar para Babe novamente. O fim de semana rastejou, e a próxima semana não foi mais rápida. Ele se viu perguntando como Babe tinha ido nos exames e esperava que seu trabalho duro tivesse valido a pena.

Quando não soube dele na sexta-feira, Charlie já estava ficando um pouco louco. Faziam quase duas semanas que ele tinha visto Babe, e ele ficou chocado com o quanto sentia falta dele.

Ele finalmente cedeu e enviou mensagens de texto para Babe de manhã. Perguntando: Posso te ver hoje à noite? Mas Babe ainda não havia respondido até a hora do almoço, e Charlie começou a pensar que ele estava o evitando.

— Certamente, você deveria ficar mais feliz com a perspectiva de algum tempo livre? — perguntou Freen. Eles se encontraram para almoçar na cafeteria da União de Estudantes e agora estavam bebendo café e compartilhando um enorme pedaço de bolo de chocolate.

Charlie tinha algumas semanas de férias chegando, mas ele não fez nenhum plano e não estava particularmente entusiasmado com isso.

— Eu não tenho nenhum plano, porém, então eu vou estar apenas em casa sem nada para fazer.

Charlie colocou seu garfo para baixo. Ele não estava com fome. Ele só concordou em compartilhar o bolo com Freen porque era tão óbvio que ela queria, mas não o teria pedido a menos que ele concordasse.

— Sim, sim. Uma vida tão difícil, todo esse tempo livre. — ela sorriu antes de morder outro pedaço e mastigar com entusiasmo.

Charlie deixou seu olhar varrer sobre seu ombro, e endureceu quando viu um cara na fila para o café. O corpo magro e os cabelos escuros eram familiares, e também havia algo sobre sua postura... mas não era a primeira vez que ele vislumbrava alguém da universidade que parecia um pouco com Babe. Ele tentou se concentrar no que Freen estava lhe dizendo, mas então o homem na fila se virou e Charlie viu seu perfil.

Era definitivamente, inequivocamente, Babe.

— Charlie! — a voz de Freen fez Charlie se assustar e corar.

— Desculpe, fiquei distraído. — ele não conseguiu se impedir de olhar de volta para Babe novamente.

— Eu percebi. — ela olhou por cima do ombro, assim que Babe viu Charlie e deu um aceno estranho e um pequeno sorriso que fez o estômago de Charlie se revirar com esperança.

— Ahhh. — ela disse conscientemente, desenhando a palavra. — Babe, eu presumo?

Charlie assentiu, voltando-se para Freen, que estava olhando para ele com uma expressão de um gato concentrando sua atenção em algum pequeno e inocente roedor.

— Ele é fofo. Você ainda está vendo ele, então?

— Mais ou menos.

— O que isso significa?

Charlie se contorceu, não gostando da mudança que esta conversa estava tomando.

— Eu não sei. É casual. — ele voltou a olhar para Babe, que estava pagando por seu café.

Depois de pegar seu troco e o copo, Babe teve que passar ao lado de sua mesa. Ele manteve a cabeça baixa, evitando o olhar de Charlie e, por um momento, Charlie pensou que ele iria passar por ele direto sem reconhecê-lo. Mas quando Babe se aproximou, ele olhou para cima.

— Oi. — ele disse, mas fez como se fosse continuar andando sem parar.

— Oi, como você está? — perguntou Charlie rapidamente. — Você quer se juntar a nós, se tiver um minuto? — ele gesticulou para uma cadeira livre em sua mesa.

LIKE A LOVER || CHARLIE & BABE [PITBABE]Onde histórias criam vida. Descubra agora