🍁CAPÍTULO 32🍁

2.7K 335 42
                                    

🍁Louis

Em plena madrugada eu estou em claro olhando pela janela e vendo as luzes da cidade clareando um pouco da escuridão do mundo em que vivíamos. Uma angústia forte está dentro do meu muito, como uma estava dentro de mim. Me levanto do meu lugar e visto uma camisa de linho e uma calça simples, abro a porta e me deparo com soldados dormindo, pegaram no sono e estavam no mundo dos sonhos neste exato momento.

Fecho a porta do quarto bem devagar e saio pelos corredores em busca da biblioteca deste lugar esquisito na noite, passando por entre os corredores evito olhar para as armaduras e quadros de pessoas mortas que parecem me encarar. Depois de muito andar eu vejo uma grande porta entreaberta e uma placa indica que é a biblioteca deste Castelo lendário.

Vejo que tudo está escuro, apenas uma lamparina carreia uma mesa cheia de livros, ando por entre os corredores de livros empoeirados como quem estava faminto por ler alguma coisa, eu não poderia ficar sem livros, era meu oxigênio. Passo os dedos e pego um bem legal, de fantasia. Me sento na mesa que é iluminada por uma lamparina a querosene, um silêncio aterrador toma conta do ambiente e fico com medo, mesmo assim eu comecei a ler o livro.

O encontro de almas jamais será desfeito, é predestinado a acontecer, apesar das circunstâncias. Um lobo acha sua alma gêmeo pelo cheiro quando completar sua transformação, se preciso for ele atravessará florestas, mares, desertos em busca do seu amado. Seu encontro ocorre quando os olhos um do outro mudam para as suas verdadeiras aparências, o lobo sente a presença do seu ômega quando este assumi sua identidade de ômega, quando vem a sua primeira transformação para o cio. Eu falei em voz baixa, lendo o livro e me interessando pelo seu conteúdo.

Um ômega é para o alfa uma pedra preciosa que deve ser guardada, o ômega deve ser submisso ao alfa e o alfa deve fazer de tudo para que o seu parceiro seja alegre, pois a alegria de um é a do outro. Pela lei um ômega nunca deve ser punido ou sancionado, o alfa deve ser o no seu lugar, quando a honra de um ômega for agravada é direito do alfa empregar a sua força para desagravar a honra do ômega. Falei enquanto lia, aquilo era fantástico.

O ômega deve servir ao alfa e dirigir a sua casa como Senhor, dentro da casa o ômega quem comanda e fora dela o Alfa quem gerência a renda da família. Sobre as posses, quando casados todas as posses do ômega passam a ser do alfa e a ele é dado o poder sobre tudo. O alfa jamais deve tomar decisões importantes sem consultar seu ômega, o ômega detém o poder de dissuadir qualquer decisão do alfa sobre seus bens se achar agravado -. Eu falei novamente e me surpreendeu as minúcias do livro.

O ômega fêmea pode ser dado em casamento pela ordem de seu pai Alfa. O ômega macho só é passível de ser dado em casamento pela ordem do Rei, dada a sua raridade. O ômega macho tem o seu cio por volta de 18 anos e a fêmea aos 15 anos. Fui lendo o livro e aquilo me fascinou mais e mais.

O ômega macho é fértil e sua descendência tem superioridade sobre as demais, ao engravidar deve sempre estar na presença de seu alfa, sob risco de perder a prole. A gravidez em geral leva 12 meses. Aquele livro me fascinou de verdade, passei a passar as páginas e ler tudo que vinha pela frente.

Enquanto lia eu peguei a correntinha de ouro que eu tinha e fiquei passando entre os dedos como forma de me concentrar mais e mais na leitura. Porém, do nada as portas são fechadas abruptamente em um estrondoso que me fez quase pular. De lá vinha uma sombra imensa, alta e orripilante.

Até que de lá vejo os olhos dourados de Maguns... seus cabelos dourados como o sol. Ele era muito lindo, belo de mais, parecia tão exótico. Não vestia qualquer armadura, apenas uma roupa luxuosa de couro negro com uma capa vermelha, nas su mão direita havia uma lança feita em sua haste de ferro e sua ponta de ouro puro, haviam desenhos de leões pela extensão de todo o material deixando a lança perfeitamente bela em suas mãos.

Na sua outra mão havia um grande cervo e nos seus ombro um javali grande, deveriam facilmente pesar meia tonelada, facilmente. Mas para ele era algo minúsculo tamanha a sua força descomunal, ela perfeitamente grande sem ser feio como uma cavalo.

Seus braços eram minhas duas coxas juntas, suas pernas fortes como as de um toro, era muito alto e tinha um ar de imponência muito forte. Seus olhos me lançaram com ardor e me revelou um olhar mortal e enigmático, eram dourados como o puro ouro.

Parecia que meu mundo havia parado e permaneci ali olhando para o dourado sem reação nenhuma, aquele homem não era desse mundo. Sinto como se uma flecha me atingisse em cheio e meu corpo começasse a pedir pela sua atenção.

Quer me matar de susto! Eu disse me levantando da cadeira e pondo a mão em meu peito.

Por que não está na cama? Deveria estar dormindo, pequeno. Ele disse frisando o final.

Estava sem sono e vim ler alguma coisa... Eu disse me aproximando da lareira e acendendo mais velas, o que deixou o local mais claro, dava para ser agora que ele estava meio sujo de sangue.

Mente muito mal, Louis. Veio aqui para falar comigo... Ele disse deixando as coisas no chão e se sentando em uma das cadeiras.

Vai sonhando, para que eu iria precisar falar com você? Eu disse meio desconcertado.

Não sei... Ele disse e eu odiava quando ele se sentia superior.

Andou vasculhando minha mente? Eu disse indignado e avancei para perto dele ficando face a face com a besta.

Talvez, mas isso é um direito meu como seu alfa, você é meu e posso fazer o que a lei manda! Ele disse se levantando da cadeira e me pensando na parede.

Isso é o que vamos ver! Seu idoso fofoqueiro, se entrar na minha mente de novo eu lhe bloqueio!!! Eu disse e ele saiu mais de perto de mim.

Não, não pode fazer isso, se fizer eu lhe prendo na torre mais alta da Capital! Falou o convencido.

Não seja ridículo! Não vai me prender coisa nenhuma, nem existe isso na tradição de vocês... Eu disse me sentando na cadeira.

Você quem me provoca! Um ômega bloquear a conexão mental com seu alfa é um dos piores castigos... Disse o monte de músculos com sua cara de cachorro.

Pois então trate de fazer as coisas do jeito certo... Eu disse olhando nos olhos dele que se sentou na cadeira e começou a me encarar.

Que foi? Eu perguntei meio vermelho.

Me pergunto, Louis... o que foi fazer em uma casa na vila dos plebeus em plena manhã? Não foi falar com aquele seu amigo não foi? Magnus falou friamente e meu coração paralisa instantaneamente, como ele sabia do que eu fiz.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY CONCLUIDO)On viuen les histories. Descobreix ara