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••• LORENA •••

Minha cabeça dói e eu solto um gemido de pura satisfação quando me jogo na cama extremamente confortável. Isso foi quase um orgasmo.

Pego o travesseiro que o Joaquín sempre usa pra dormir e aproximo do meu rosto, inspirando o cheiro do seu perfume que fica impregnado aqui.

Ele está em viagem com o Palmeiras, o jogo foi ontem e provavelmente já estão voltando para o Brasil, mas a primeira coisa que ele certamente não vai fazer é vir até aqui me ver.

Somos namorados a seis meses, sou uma Flamenguista que namora um jogador do Palmeiras que é nosso rival declarado, mas o que eu poderia fazer? Meu coração faltava sair pela boca assim que o via por perto.

Estou com saudades, muita mesmo! Só queria um abraço dele agora e poder enfim me sentir em casa depois de dias e dias sem o meu lar.

Me levanto da cama, ainda estou enrolada na toalha que tiro antes de caminhar até o armário e abrir a parte em que ficam algumas roupas dele.

Sorrio passando a mão pelas peças e puxo uma camisa do cabide, é uma das preferidas dele, quando cheiro sinto que o perfume está mais forte aqui e por isso faço questão de vestir.

Será que ele também fica com toda essa saudade? Mesmo depois desse tempo de relacionamento eu ainda tenho dúvidas, insegurança e medo de algo dar errado.

Quando o conheci tudo virou de cabeça pra baixo, lembro de vê-lo naquela festa lotada de gente, mas é como se tudo parasse ao nosso redor e só restasse nós dois. Se fosse um filme seria a cena mais clichê de todas.

Eu sabia quem ele era, já havia lhe xingado muitas vezes durante o confronto com meu time, porém sempre achei um baita gostoso, isso não nego.

Mas aí, naquela mesma noite, eu já estava saindo da festa quando o encontro encostado em seu carro, ele perguntou como eu iria vir embora e ao ouvir que iria pedir um Uber, me ofereceu uma carona.

Eu deveria ficar com dúvidas de aceitar ou não a carona dele, afinal ainda existia um certo ranço por ele ser quem é, mas aí simplesmente saiu um "sim" muito animado pro meu gosto e o arrependimento nem veio porque ele me lançou um sorrisinho que me derreteu toda.

Abriu a porta do carro pra eu entrar, sim, ele fez isso. Mas quando começou a falar com aquele portunhol lotado de sotaque eu juro que minha calcinha molhou. O filho da mãe nem forçava pra ser sexy, gostoso e desejável.

Durante o caminho até meu apartamento fomos escutando um reggaeton que tocava baixinho no carro e quando chegamos, eu perguntei se ele queria entrar.

Ele aceitou e entrou. Entrou no meu apartamento, no meu quarto, em mim, na minha vida, na porra do meu coração e tomou a minha mente toda pra ele.

𝐓𝐄 𝐕𝐈𝐕𝐎•• 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐧 𝐏𝐢𝐪𝐮𝐞𝐫𝐞𝐳Onde histórias criam vida. Descubra agora