A disputa part. 2

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POV John
Saí da casa da Jessy deixando ela e o estúpido do James. Além de estar apanhado, ainda levei um tapa por estar brigando com o namoradinho convencido dela. Poxa, eu salvo ela de quase todas, eu ajudo, eu admito que morreria por ela e o que eu ganho em troca? Um tapa no rosto! Palmas para Jessy Turner!
Literalmente eu deveria sumir e não voltar mais, eu deveria voltar pra casa dos meus pais e viver a minha vida de verdade "Vampiro playboy rico"
Pórem eu sou idiota o suficiente para querer passar o resto da minha vida protegendo alguém que me deu um tapa na cara sem motivos. Quer dizer, o resto da minha vida provavelmente não, tudo pode acontecer na reunião da minha familia e da familia do palhaço do James.
Mas enfim, vou passar uns dias na casa do Rick. Ela provavelmente não vai me procurar lá.
Fui andando com as mãos no bolso esquerdo da bermuda até chegar na esquina, demorei pra passar porque sentei um pouco no parque pra esfriar a mente. De repente escutei uns gritos no beco próximo e fiquei encostado no muro pra ver o que estava acontecendo. Quando olhei bem tinha um cara em cima de outro cara, isso soa muito mal, mas era no sentido "morto".O cara tinha o cabelo liso e pretos, parecia ser alto e usava uma basqueteira e uma jaqueta de couro. Fui pra uma coluna bem devagar pra olhar tudo mais de perto, e prestei atenção. Pois é, camisa suja de sangue nas costas cabelos pretos e dentes com sangue. Isso se resume ao babaca do James. Ele matou o cara pra se alimentar! Se fosse um rato, um gato até ia, mas um humano... Foi ali que eu percebi do que ele seria capaz se estivesse perto da Jessy.
Andei para trás devagar e pisei numa maldita lata de coca-cola que acabou fazendo um eco no beco. Ele levantou a cabeça rapidamente e logo meus olhos assumiram um vermelho claro, devido a luz de um poste e minhas presas automaticamente ficaram a amostra.
-O que faz aqui?!
-Eu nada, mas você deve estar sugando um ser aí, não é?!
-Isso não é da sua conta!
-Está bem. Se por acaso não fosse da minha conta, eu não saberia que isso é completamente errado. Já pensou o que vai aparecer no jornal?! "Homem é encontrado morto em um beco com marcas no pescoço, há vampiros na cidade" Puff!! Nossa raça vai ser extinta por sua culpa. Respondi quase gritando e apontei pra ele.
-Até parece que vão encontrar esse corpo. Ele se abaixou e colocou o cara nos ombros.
-O que vai fazer com ele?!
-Isso também não é da sua conta!
-Estúpido, se alguém descobrir algo eu vou matar você e usar sua cabeça de troféu na sala do meu pai.
-Não se preocupe. Lembre-se que sua amada amiguinha não está muito bem. Ah, procure-a se puder.
-O que você fez com ela?! Corri pra avançar em cima dele e rapidamente ele foi para o lado me fazendo cair no chão.
-O que fez com a Jessy seu idiota?!
-Ela esta viva, não se preocupe. Digamos que ela só está um pouco.. machucada.
-Seu infeliz. Falei olhando para o chão.
-Bem, bem. Até mais Johnathan, e boa sorte. Dito isso ele saiu em disparada e sumiu na nevóa da noite.
-Droga!!! Gritei no beco e corri direto pra casa da Jessy.
Eu sabia que não adiantava ficar nessa palhaçada. Eu prometi pra ela que nunca mais ia deixa-la sozinha. O que aconteceu com ela agora foi minha culpa.
Minutos depois cheguei a casa dela e a porta estava aberta. Na geladeira tinha um bilhete com manchas de sangue.
"Mãe, estou em um posto, proximo ao parque central. Se você ler isso e eu não estiver em casa ainda, me procure no posto de manha. Te amo. Jessy."
Ela foi no posto sozinha, no escuro e com o James a solta por aí. Essa garota não tem juízo mesmo.
-ALEX!! Droga!! Ele não está quando alguém precisa, maldito.
Não posso sair por ai igual ao The Flash pelas ruas. Se alguém ver eu to ferrado. Mas.. É por uma boa causa e ninguém vai reparar. Ok John! Só está vez e nunca mais.
Saí em disparada pelas ruas e em menos de 3 minutos cheguei ao posto.
Meu cabelo estava uma porcaria, mas eu tinha coisas mais importantes pra me preocupar.
Fui na recepção e perguntei a enfermeira.
-Por favor, Jessy Turner está aqui?!
-Só um momento.. Está sim, ela foi na sala de curativos a 10 minutos.
-Posso vê-la?!
-Claro! É naquele corredor, na sala 8.
-Certo, obrigado.
Fui pelo corredor contando as portas.
-4, 5, 6, 7, essa aqui.
Olhei pela janela e ela estava sozinha na sala, só que parecia estar dormindo.
Abri a porta e a fechei com cuidado. Me aproximei dela e a toquei.
-Jessy?? Jessy!!
-Hum?! O que você faz aqui??
-Ficou louca?! Queria matar sua mãe?! Seu bilhete tava todo sujo de sangue.
-Pelo menos eu avisei pra onde ia.
-O que foi que eu fiz agora?!
-Você saiu todo revoltado, depois que o James foi embora, 10 minutos depois eu fui te procurar e quando cheguei no parque arranharam meu braço. Olhe isso!
O braço dela estava com 3 cortes certeiros de unha perto do ombro. Parecia que tinham cravado facas e cortado lentamente.
-Quem fez isso?!
-Você acha que deu tempo saber. Depois o James passou com um amigo dele e me viu. E me trouxe pra cá.
Foi aí que tudo fez sentido. O amigo era o cara que o James tava se alimentando. Foi ele quem arranhou a Jessy.
-O cara, o cara que estava com ele como ele era?!
-Não me lembro bem, mas ele usava uma jaqueta de couro e era alto. Não muito mais era.
-Eu sabia!!
-Que foi John?!
-Eu já volto.
Saí da sala e quando estava voltando a recepção o James estava falando com a enfermeira. Ele perguntou pra ela se eu estive aqui então ela me olhou e eu fiz um sinal de "xiu" pra ele achar que eu não estaria ali e ela entendeu. Corri pra o quarto da Jessy e me escondi atrás de uma poltrona branca que havia perto da cama.
-O que você tá fazendo, John?!
-Olha finge que eu não to aqui e fica quieta. Seja natural.
Ela fez que sim com a cabeça e encarou o teto. Não demorou muito e o James entrou na sala.
-Jessy!!
-Oi James!!
-Tudo bem aí?! Ele se aproximou dela e os olhos dele mudaram de cor.
-Estou melhor, mas seus olhos...
-É eu sei, ele falou rindo e logo depois suas presas apareceram.
-James?!
-Sinto muito, Jessy. Mas um vampiro com fome, esquece de tudo.
-James para.
-Deveria ter escutado o John. Ele é o único vampiro que você pode confiar, ou podia. Se você não sobreviver me desculpe.
-JAMES!!!
Ela gritou e ele já ia morde-la quando de repente uma adrenalina total tomou meu corpo e eu sabia que não podia deixar aquele imbecil tocar nela. Quando saí de trás da cadeira ele já estava a quase 10 centimetros do pescoço dela. E ele se assustou quando me viu.
-John!!
-O próprio seu infeliz. Me aproximei e esmurrei o nariz dele, caraca aquilo doeu até em mim.
Eu apanhei também, lógico! Ele não estava morto, e me bateu também. Mas eu tinha que dar um jeito de segurar o pescoço dele. Afinal o ponto fraco dele que seria as costas não existia mais. Ele tomou sangue, claro que fechou num instante.
Quando ele olhou para o lado aproveitei e dei um soco no rosto e outro no estômago fazendo ele se curvar um pouco.
A Jessy estava paralizada na cama e eu não perdi tempo segurei o pescoço dele e fiquei com uma vontade absurda de arranca-lo ali mesmo.
-John, podemos conversar.
-Não me venha com essa de conversar. Eu vou arrancar seu pescoço se chegar perto dela denovo seu imbecil.
-A culpa foi sua por deixa-la sozinha. Ele riu debochando e eu apertei mais o seu pescoço.
-Escute, eu não vou te matar por que eu não sou como você, quero você longe dela, tá sentindo seu pescoço querer sair? Tá sentindo que vai morrer se chegar perto dela denovo?!
Ele balançou a cabeça em um sinal de confirmação e eu o soltei e dei um chute em suas costas fazendo o mesmo cair de cara no chão.
-Suma daqui e seja na escola, em casa, em qualquer maldito lugar seu estúpido, fique longe dela.
Ele cuspiu sangue e levantou.
-Você tem muita força de vontade mesmo. Ele falou isso e saiu da sala.
-John?!
-Hum?!
-Vem cá!
Cheguei perto dela de cabeça baixa e ela me abraçou.
-Obrigada... ela falou e eu senti quando ela começou a chorar.
-Era o minímo que eu podia fazer, Jessy. Você está bem?!
-Graças a você. Ela me olhou e sorriu.
Eu nunca ia deixar que nada acontecece a ela. Até o dia que eu fosse embora.
-Eu vou ligar pra sua mãe.
-Não me deixa aqui sozinha pelo amor de Deus.
-Relaxa, eu não vou sair daqui. Trouxe celular. Joguei ele no ar e depois o peguei.
Logo a enfermeira chegou e fez o curativo no braço dela.
-A sua namorada já pode ir pra casa. A enfermeira falou e a Jessy sorriu.
-Hein?! Ahh, tá bom, e-eu vou levar ela em casa.
Quando ela saiu a Jessy começou a rir de mim.
-Do que você ta rindo?! Falei fazendo careta.
-Eu?! hahaha de nada!!
-Engraçadinha.
-Por que não disse que eu não era sua namorada?! Hahahaha se enrolou todo tadinho.
O sangue começou a subir pra o meu rosto e em segundos eu estava da cor do meu olho.
-Olha que lindinho todo vermelhinho.
-Sem palhaçadas! Virei e comecei voltar a minha cor normal mais parecia que a Jessy tava fazendo de próposito.
-Cê me ama mesmo né John?! Nem falou pra Dra. Que eu sou sua amiga!
-Eu prefiro meu silêncio.
-Eu não hahaha. John volta a sua cor normal.
-Não tem graça, Jessy.
Ela se levantou da cama, se aproximou de mim e segurou meu rosto.
-Olha isso!! Tá parecendo uma pimenta!
Ela falava e cada vez eu ficava mais vermelho ainda.
-Jessy...
-Okay, parei. Mas tenho que admitir que...
Fiz ela calar a boca. Se ela falasse mais alguma coisa eu ia pra o espaço. Eu sou tímido o suficiente pra isso acontecer, então deu no que deu.
-Você também fica super bonitinha calada, garota.
-Sério?!
-Não.. Dei um sorriso e me virei em direção a porta. -Vem, Jessy. Vamos pra casa.
-Okay.

Diabolik Lovers † (Atualizando....)Where stories live. Discover now