Virando Bebê

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Pov. Marinette

Minha professora nos liberou mais cedo da aula por conta de um médico que ela tinha marcado. Não liguei muito e saí correndo até minha casa, entrando pela padaria e encontrei meu pai atendendo um cliente.

- Já filha? Largou mais cedo porquê? Você não matou aula, matou?

- Não pai, não matei aula. A professora tinha que resolver uma coisa e acabou liberando a gente mais cedo.

- Certo. E hoje você não precisa me ajudar na padaria, deixa comigo – sorriu gentilmente. Odeio quando me mostram esse sorriso, mas ele era meu pai, não tinha como surtar. Pelo menos ele não é igual a minha mãe.

- Beleza! – subi pro meu quarto e me tranquei lá praticamente a tarde toda.

Que tédio!

Até que de repente me deu uma ideia.

- Tikki, transformar! – assim que me transformei na Shadybug, pulei de telhado a telhado daquela cidade movimentada, até que no meio do caminho, acabei encontrando um certo pulguento.

Bufei irritada. Esse gato de novo, não!

- Olá baratinha – lá vamos nós de novo – Tá me seguindo?

- Por que, em sã consciência, eu iria te seguir?! – cruzei os braços irritada.

- Eu já tava aqui primeiro, vi você chegando e deduzi isso. É mentira? – sorriu travesso. Eu odeio esse sorrisinho malandro.

- É claro que eu não tava te seguindo, seu idiota! Eu vim só pra dar uma volta pela cidade e irritar o Butterfly. Se é que me entende – sorri maldosa.

- Que coincidência! Eu também vim pra irritar o bobofly, mas agora vai ficar muito melhor com a minha parceira – pegou minha mão e tentou dar um beijo, mas eu a retirei rápido.

- Vamos logo, pulguento – nos entre olhamos dando um sorriso e saltamos até a rua. Começamos a destruir alguns carros, fazendo o caos em Paris, várias pessoas correndo assustadas.

Sabíamos que o Butterfly iria aparecer a qualquer momento. Ele sempre aparece. Se não é ele, é algum ajudante que ele manda pra nós enfrentar.

Claw Noir estava batendo em um carro e estava observando ele em cima de um poste agachada. Tava adorando isso. Estávamos rindo que nem dois psicopatas.

- Parem Shadybug e Claw Noir! – olhamos na direção da voz e vimos um novo herói. Com certeza outro ajudante do bobofly.

- Olha Shady, parece que o Butterfly mandou outro serviçal dele pra derrotar a gente – falou colocando o bastão atrás dos ombros.

- Essa luta vai ser interessante – peguei meu ioiô e fui a primeira a atacar.

A luta durou um tempo, até descobrirmos que o poder dele era transformar as pessoas em bebês usando um pozinho. Ele tentou acertar em Claw Noir, mas ele desviou e acabou acertando uma mulher que passava na rua. Ela virou um bebê e logo começou a chorar.

Eu odeio crianças!

Desviamos dos pozinho várias vezes, mas o idiota do Claw Noir acabou se distraindo com uma garota que passava na rua e acabou sendo acertado pelo pó. Dei um chute forte no herói, o fazendo cair no chão. Quando olhei de volta pro Claw Noir, fiquei assustada.

ELE VIROU UM BEBÊ!

Era só o que me faltava!

- Claw Noir eu te odeio! – sussurrei pra mim mesma.

Eu não sabia o que fazer. Tive que lutar sozinha contra o herói, enquanto o mini Noir tava sentado no chão só olhando. Uma ideia nova surgiu na minha cabeça.

Assim que consegui despistar o herói, peguei Claw Noir no colo e fui de telhado a telhado até o esconderijo do Supremo. Ele deve saber como resolver isso.

Cheguei no local do esconderijo dele, e antes de entrar, fui barrada por dois seguranças dele, até eles dizerem que eu podia entrar. Entrei em sua sala secreta e o vi sentado em sua poltrona.

- Minha querida Shadybug, o que há traz aqui?

- Isso! – ergui um pouco meus braços pra frente mostrando o mini Noir.

- Um... Bebê? É seu irmão? E por que ele está vestido de Claw Noir?

- Ele não é meu irmão e ele é o Claw Noir. Um ajudante do Butterfly atingiu ele com um pó mágico que faz as pessoas voltarem a ser bebês. E esse idiota acabou sendo acertado – encarei ele furiosa, enquanto o sujeito só fazia rir.

- Esse Butterfly tá passando dos limites – suspirou – Infelizmente eu não posso fazer nada a respeito – arregalei os olhos.

- O que? Mas como não? Eu vim até o senhor pra ver se podia dar um jeito nele e o que me diz é nada! – estava perplexa.

- Querida, eu não sei que tipo de poder o ajudante do Butterfly usou nele, por isso não posso ajudá-lo. Eu não quero ver ele desse jeito, crianças me dão nojo – fez cara de nojo.

- E eu também não quero ver ele assim – suspirei pesadamente – O que faremos?

- Posso não trazer ele de volta ao normal, mas acho que posso dizer quanto tempo ele vai ficar assim. Me dê ele – se levantou da poltrona, caminhando até mim e eu entreguei o mini Noir.

O Supremo deitou ele em uma mesa e o examinou. Depois de 1 minuto, ele se virou pra mim.

- Claw Noir vai ficar assim por duas semanas inteiras – meu queixo caiu – E você ficará cuidando dele nesse período – meu queixo caiu mais ainda. Meu queixo e meu mundo.

Eu cuidando de um bebê?! Ele tá ficando doido?

- O senhor tá brincando, não é? – balançou a cabeça como não – Eu sei cuidar de um bebê, ele... Vai ter que ficar na minha casa?

- Isso só você saberá e sempre tem uma primeira vez pra tudo. Aproveite seu tempo com seu novo... – olhou pra Claw Noir – Filhinho... – me olhou de volta – E eu também acho que a mentalidade dele foi afetada pelo pó, então ele pensa como um bebê e se esqueceu de sua vida adolescente.

- Ele já tem uma mentalidade de criança – falei encarando Claw Noir ainda sentado na mesa. Voltei a olhar pro Supremo – Como eu vou dizer aos meus pais sobre ele? Não posso dizer a verdade.

- Isso já é problema seu. Agora vá! Eu tenho muito que fazer aqui – peguei Claw Noir no colo e fui em direção a saída – E não se preocupe querida, darei um jeito de fazer o Butterfly pagar pelo que fez com o Claw Noir – me virei pra ele ao escutar sua voz e deu um sorriso forçado antes de sair.

E agora? O que eu vou fazer com esse bebê?

Continua...

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