Illicit affairs

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PONTO DE VISTA DE SIMON:

Acordei no susto com o despertador que eu nem coloquei, o relógio da cabeceira me assustou.
Dormi pesado, estava muito cansado, foi bom tirar as roupas molhadas e deitar na cama quentinha e mais confortável que já deitei na minha vida. Se tivesse em casa uma cama como essa não ia conseguir trabalhar.
Levantei confuso, sem saber quem eu era ou onde estava.

Fui até o corredor e olhei as diversas portas brancas. Queria ir até o quarto da Luna, perguntar porque fizeram esse absurdo de me acordar às 7 da manhã.

Bati na porta uma vez e entrei.
- Luna me explica porque o relógio despertou tão cedo! -- digo com voz áspera ainda sonolenta.
- O que está fazendo aqui?-- Ambar se assusta.

Ela estava sentada, com cabelo preso e sem maquiagem, usava um pijama branco de short e blusa de alças finas.
Nem tinha me dado conta de que estava num quarto rosa claro, delicado e cheiroso.
Não era o quarto da minha melhor amiga Luna.

- Me desculpe! -- fiquei sem graça por errar de quatro e me senti exposto mesmo usando regata e calça de pijama.-- Eu achei que era..

- Tá, tá.. achou que era o quarto da luninha.-- ela vira de costas pro espelho olhando pra mim. -- Ia sair entrando assim no quarto dela? Que íntimo. -- levantou as sobrancelhas.
- Bom é... Somos muito amigos! -- Sorri.
- O que você quer afinal?-- ela parece incomodada ao me ver.
- Saber porque me acordaram..-- fiquei sem graça ao responder uma coisa tão boba.
- Pra tomar café. É óbvio! -- sua voz é suave, mas tem um ritmo muito assertivo. -- não é elegante acordar tarde quando se está hospedado na casa de alguém.
- Eu não sabia..-- cocei a parte de trás da cabeça.
- Agora já sabe!
- Obrigado, Ambar!-- digo indo em direção a porta e ela não diz mais nada -- Ah e bom dia!!! -- sorri sem mostrar os dentes e acenei.
- Bom dia! -- ela deu um sorriso torto e com certo desdém.

Impressionante como mesmo acabando de acordar ela era completamente deslumbrante. Tô impactado com aqueles olhos.

Tomei café na mesa com Luna, seus pais, Ambar e sua assustadora madrinha.que mulher séria, imtimidadora.
No caminho da escola, Luna me levou até a pista de patinação.
O roller. Que lugar incrível, a Luna sempre sonhou com um lugar assim.

- É um prazer te conhecer Simón! -- O rapaz aperta minha mão -- Sou Nico.
-Oi!!! -- dei um sorriso grande -- É bom te conhecer.
- E eu sou Pedro!-- ele também apertou minha mão.
- Prazer em te conhecer! -- respondo.
- Esse violão é seu?-- Nico repara no violão que deixei encostado no balcão.
- Sim, é meu!
- Legal! -- Pedro e Nico se olham -- A gente também toca.

Percebi de cara que ia me dar bem com esses meninos. Fiquei tanto tempo lá conversando e tocando que quando me dei conta as meninas já tinham chegado da escola e se arrumavam pra ir pra pista.

Me sentei na arquibancada e vi um rapaz de postura confiante dançando com a Ambar e reparei que a Luna precisava de uma dupla então resolvi pôr meus patins.

Patinamos juntos e na mesma hora um flashback do México veio na minha cabeça, a gargalhada da Luna é contagiante. Gosto demais dela, ela não sabe o quanto.

- Temos rostos novos hoje! -- Uma senhora muito bonita entra na pista.
- Sim Juliana, esse é meu melhor amigo Simón, ele acabou de chegar e patina super, super bem!-- Luna diz empolgada.
- Então vamos ver!-- ela estende a mão dando permissão para que eu patine.

Dei a mão pra Luna e patinamos bem como sempre, era fácil patinar com ela. nos conectamos muito.

- Muito bem, se for ficar na cidade será muito bem vindo na equipe!
- É Assim? -- Ambar põe a mão na cintura -- qualquer um que chega pode entrar?
- Se tiver talento e eu disser que pode, então pode!!!-- Juliana olha severa.

Ela bufou e jogou o cabelo pra longe do rosto, não entendi porque ela reagiu assim. Pensei que ela tinha ido com a minha cara.

Após o treino da equipe precisei ir ao banheiro e quando voltei Luna e o namorado da Ambar estavam conversando entre os armários.

- Então esse é seu namoradinho mexicano?
- Já disse que não somos namorados.--Luna respira fundo.
- ele parece gostar muito de você.-- o garoto sugere.
- Somos como irmãos. -- ela dá de ombros.
- Então de quem você gosta?-- sua voz é sugestiva e não pude ver o que estava fazendo.
- De.. ninguém. Não gosto de ninguém! Que conversa é essa?-- ela perguntou nervosa.
- Não sei.. eu vejo como olhou pra mim no outro dia.
- Que dia? Você ficou louco? Você é namorado da Ambar!!! -- ela quase sussurra.
- No dia da maratona de séries -- ele diz -- seus olhos brilhavam -- ele ri levemente.
- Não lembro de nada disso!
- Luna tá tudo bem?-- Resolvi aparecer. ele estava incomodando a Luna.
- Simón!!! Sim, tudo bem..-- ela desvia o olhar pro garoto -- Esse metido é Matteo, namorado da Ambar.
- Matteo Balsano, rei da pista, cantor e mais tudo o que ela disse.-- ele estende a mão pra mim, mas o sorriso não era genuíno.

Não senti verdade nesse cara, se tem namorada, por que incomoda a Luna? A namorada dele é lindíssima, qual o problema dele?

Apertei sua mão de volta, mas não pude evitar olhei bem sério. Talvez ele perceba que minha amiga não está sozinha.

- Vamos tomar um suco?-- ela sugeriu.
- Vamos, claro!

Ao voltar para lanchonete Luna se distraiu com as meninas e me deixou sozinho por um instante.
O ambiente do roller era muito animado.

- Olá Simon!-- a voz dela era
inconfundível.
- Oi! -- sorri sem mostrar os dentes -- oi meninas! -- falei com as amigas da Ambar que estavam atrás dela.

- Oi! -- sorri sem mostrar os dentes -- oi meninas! -- falei com as amigas da Ambar que estavam atrás dela

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- Vim te oferecer minha ajuda! -- ela me encara.
- Ajuda?-- franzi as sobrancelhas -- com o que?
- Ajuda para fazer com que a minha priminha se torne a sua namorada! -- olha como se fosse genial.
- Namorada, mas a Luna é minha amiga!
- Não tenta me enganar que eu não nasci ontem, querido.vai querer ou não?

Ela me olha cheia de atitude e me pergunto se era boa ideia aceitar conselhos dessa menina. Também me pergunto como ela sabe que gosto da Luna, tá muito na cara?




Notas da autora:
Oiee acham que o Simon deve ouvir os conselhos da Ambar ou deixar essa história pra lá?

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