– E aí, Bella! Eu tô nessa, vou com vocês.
– Sério? Vamos!
Com uma mão firme, abro a porta do carro, permitindo que Steven entre primeiro. Eu observo enquanto ele se acomoda no assento, e faço o mesmo. Lucas, por sua vez, entra pelo outro lado, deixando o perseguidor estrategicamente posicionado no meio, cercado por nós. Observo a motorista ligar o carro e seguir na direção que o amigo dela apontou.
– Henrique, não tire os olhos dele, tá bom? É uma pessoa bem esperta.
– Como sabe tanto, Bella? Já o conhece?
– Não. A Salles conseguiu informações para mim.
– Ah, ok!
Ao chegar lá, paramos em frente a um galpão abandonado. Entramos, e Lucas e Bella tomam conta da situação. Eles agarram o homem pelos braços, fazem-no sentar numa cadeira e o amarram.
– Steven... Vai ficar na tua ou vai abrir o bico? – Lucas fala com uma voz nada amigável.
– O quê? Vocês acham mesmo que eu trabalho pra alguém?
– Não achamos, temos certeza – Eu falo.
– Qual é? – Ele revira os olhos.
– Com licença, meninos? – Bella pede – Vem cá, Steven! Eu poupo sua vida se você me disser por que diabos fez o que fez – Ela abaixa pra ficar da altura dele.
– Tava planejando roubar vocês, mas quando vi aquela maluca dos cabelos dourados, não tive pra onde correr. Simplesmente segui em frente, com fé, tentando não deixar nenhum rastro sobre mim.
– Hmm... Você acredita nisso? – A jovem pergunta a Lucas.
– Vou dar uma olhada nas informações que recebi e te falo minha resposta, beleza?
– Beleza! – Ela se levanta – Henrique, faz um favor pra mim? – A voz dela muda, mostrando que ela e todos que estão presente se fazem de forte para resolver os problemas – Liga pra chefe de polícia e vê se consegue umas informações com ela – Sussurra no meu ouvido.
Deixei um recado, enviei alguns arquivos para que pudesse analisar e pedi que me ligasse assim que possível.
Já se passaram vinte e cinco minutos desde que enviei a mensagem, mas ainda não obtive resposta.
– Conseguiu? – Ela pergunta super nervosa.
– A Clara deve tá dando uma olhada nos arquivos e relatório – Falo encarando ela – Falando nisso... – Recebo o retorno da chefe.
– Fala aí! Vem com as novidades boas?
– Não são as que esperava.
– Conta tudo então.
– O cara é um bandido de quinta categoria. É isso que tem nos registros.
– Era isso que gostaria de saber. Tem algum envolvimento com alguém ou algo?
– Até agora não.
Desligo o telefone e rapidamente voltamos a olhar pro cara bem na nossa frente, que não era grande coisa. Ele não passa de um bandido de quinta categoria, como a Clara disse.
Ele continua nos encarando, não fala nada, mas as palavras dele não valem tanto quanto os olhares trocados entre eu e a Bella.
– Quem é você afinal? – Ele mesmo quebra o silêncio e direciona a fala pra minha amiga – Parece mais uma...
– Uma o quê? – Vejo ela o segurar a gola da camisa e chegar bem perto do rosto dele.
– Menina durona – Ele sorri de lado – Mas quero ouvir de você. Quem é você afinal? – Ele fala calmamente.
– A filha do chefe da máfia – Ouço uma voz masculina – Qual é, Steven? Conta logo tudo! – Era o Anthonny, ele puxa uma cadeira pra ficar na frente do prisioneiro. – Henrique, leva a Bella! Preciso falar sozinho com meu camarada aqui, beleza? – Ele dá um tapinha no ombro do cara.
A pego e subimos a escada de ferro e entramos em um quartinho, onde Lucas estava fazendo as ligações. Ele surta no telefone e fica nos encarando levemente, e em vez em quando, desviava o olhar para um ponto fixo.
Passamos eternos minutos o esperando terminar, mas eu sabia que o maior problema não era o telefonema e muito menos a conversa com Steven no andar de baixo. Era a minha amiga. Inquieta, estralando dedos, indecisa se deixava o cabelo no ombro ou nas costas.
Fiquei um bom tempo a observando, sei que no fundo, só queria a mesma coisa que eu. Acabar com tudo isso. Esses acontecimentos, são uma coisa que realmente me deixa irritado e confuso.
– Ficando inquieta, não vai ajudar muito. Vem cá, senta aqui!? – Falo e na mesma hora, ela se levanta e suspira – Pensa em falar com o seu pai? Sabe que ele pode nos ajudar, não é?
– É, eu sei. Não queria incomodá-lo – Ela marca um ponto fixo no chão – Ele é ocupado demais, Henrique, não sei se teria tempo para conversar com a filha que herdou toda a sua personalidade – Finalmente me olha.
– Ah, sim! Sabe o que eu lembrei agora? – Não seguro risada, e a vejo ficar em dúvida pelo seu semblante – Quando nós éramos crianças. Você, eu, a Allysson... – Sinto algo diferente ao pronunciar o nome da sua melhor amiga e ela me encara.
– Realmente gosta dela, não é? Dar para perceber de longe! Sinto em lhe informar isso – Ela rir – Vai, continua!
– Vocês duas não paravam quieta e sempre queria participar das brincadeiras que eu e Anthonny fazíamos. Nunca desistiam.
– E agora? Olha onde nós estamos!? Juntas com vocês.
– Bella... – Me viro de frente para ela e a vejo me encarar – Como posso amar tanto essa menina? Parece que as outras são insignificantes perto dela, não sei te explicar. Sou capaz de tudo para tê-la ao meu lado, de preferência para sempre.
– Isso é amor, meu amigo!
Amor... É isso que sinto por Allysson Jones. Não quero perdê-la e se algum dia eu correr esse risco, irei até o inferno para buscá-la. Estou perdidamente apaixonado por ela e não vai ser pouca coisa que a tirará de mim!
– Acho que sim – Respondo um pouco envergonhado.
– Você ainda acha? Eu tenho é certeza, e outra coisa, Ally é um pouco difícil, se você realmente quer ela, irá passar por muitas coisas.
– Não importa, Bella. A amo assim mesmo.
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Aonde eu me meti?
FanfictionUma história em que os personagens não seguem um roteiro. Eles tem vida própria e traçam seu próprio destino. Nessa história terá: • Perseguições; • Sequestro; • Vícios; • Romance; • Crime organizado; • Acidentes; • Traição; • Brigas; • Inimigo...