Papai estava ali. Ele iria me proteger das loucuras de minha mãe, além de ficar até eu finalmente me formar para viver meu sonho encantado.
Nem posso acreditar que chegamos a terceira fase! Só tínhamos mais duas e ganharíamos. Estava confiante dessa vez, mas Yue diz que sempre perdem na semi ou na final. Mas quem bate na trave, uma hora acerta o gol.
Eu estava cansada, deitei em minha cama a noite mas no meio da madrugada, a ligação em que eu mais esperava aconteceu.
Cururu feiosinho 💗🐸: -Oi!
-Oi! Tudo bem?
Cururu feiosinho 💗🐸: -Tudo. Estou aqui na porta da sua casa.
-Tá louco? O que tá fazendo aqui?
Cururu feiosinho 💗🐸: -Você disse que gostava de fugir, então quero te levar pra fugir comigo.
-E se minha mãe descobrir?
Cururu feiosinho 💗🐸: -Ela não vai. É só você trancar a porta do seu quarto e fechar a janela e a sacada.
-Não posso sair pela porta, ela faz muito barulho.
Cururu feiosinho 💗🐸: -Vem aqui então que eu te pego.
-Ah! Você me metendo em mais uma aventura. Tá bem.
Vesti um moletom e calcei um tênis. Ele estava mesmo debaixo da minha casa.
Fez sinal pra mim pular. Tive medo porque pra mim aquilo era muito alto. Fechei a porta da sacada e pensei em como eu ia descer aquilo.
Ni-Ki: -Vem logo! -Susurra.
-Vou descer pelo muro, e depois você me ajuda a descer!
E não é que deu certo?
Ni-Ki: -Finalmente! Vamos. -Segura minha mão e a gente foge dali.
Os cachorros da rua deram alarme, mas eles sempre latiam então acho que ninguém desconfiou.
-Pra onde a gente vai dessa vez?
Ni-Ki: -Deixa de ser curiosa, se eu contar vai estragar a surpresa!
-Nossa. Tem até surpresa.
Ni-Ki: -Estou melhorando nisso.
Caminhamos um bocado até que chegamos num parque abandonado que mais parecia uma floresta assustadora. Ele não sabia escolher lugares para encontros, com certeza não.
-Eu não vou entrar nisso aí nem a pau!
Ni-Ki: -Para de graça! Você me obriga a assistir aqueles filmes de terror que me dão medo, e tá com medo de entrar nessa floresta?
-Não tenho medo de monstros, mas sim de maníacos que podem estar a solta por aí.
Ni-Ki: -Confia em mim?
-Dessa vez eu confio.
Ni-Ki: -Então vamos.
Entramos naquele matagal que parecia cena de filme de terror. Escutamos cigarras, sapos e até vespas passando. Estava preocupada até ver um bocado de luzinhas de longe.
-Oque é aquilo? -Forço minha visão.
Ni-Ki: -Chega mais perto.
Cheguei mais perto e percebi que era um picnic, com muitas comidas e luzinhas de natal enrolados na árvore.
-Uau! Que lindo! Foi você quem fez?
Ni-Ki: -Eu mesmo.
-Que fofo! Eu amei muito!
Nos sentamos.
Ni-Ki: -Tenho um presente para você. -Me entrega um embrulho grande.
-Nossa. Oque é isso? -Abri e descobri um livro que eu queria muito ler.
-Ah! Obrigada Ni-Ki! -Abracei o mesmo.
Ni-Ki: -É besta, eu sei mas foi oque eu achei aqui perto melhor pra te dar. As lojas aqui são todas esquisitas.
-Ni-Ki, aqui é o fim do mundo praticamente. Só tem loja de pescador por causa do rio han, e lojas de produtos de adultos por perto. Como você queria encontrar algo interessante pra vender?
Ni-Ki: -Não tinha pensado nisso.
-Pois é. Mas eu adorei o presente.
Ni-Ki: -Você já leu esse aí?
-Não. Mas estava na lista de livros que eu queria ler há um tempão. Como você sabia disso?
Ni-Ki: -Eu só perguntei a moça da livraria qual tipo de livro eu poderia dar pra você e ela disse que você ia adorar esse.
-E adorei mesmo.
Ni-Ki: -Vamos comer?
-Vamos.
A gente comeu muito. Tinham frutas e tudo que você imaginar na quantidade certa.
-Que torta mais deliciosa!
Ni-Ki: -Foi minha mãe quem fez para você.
-Eita. Ela não achou estranho?
Ni-Ki: -Ela já sabe S/n. Minha família toda já sabe.
-Você contou?
Ni-Ki: -Não. Mas eles descobriram por si só.
-Ah. Tá vendo só o ar das coisas como são diferentes? Eu também queria que minha fizesse alguma coisa pra você!
Ni-Ki: -Relaxa S/n. Não vamos preocupar com isso agora.
-Mas pelo menos agradeça sua mãe por isso.
Ficamos juntos conversando por tanto tempo, que esqueci que não podia chegar tarde demais.
-Quantas horas?
Ni-Ki: -Ainda são 3 da manhã.
-Tá cedo ainda. Posso voltar às quatro.
Ni-Ki: -Vem cá. Eu senti tanta falta sua.
-Nem parece que a gente se vê todo dia.
Ni-Ki: -O que adianta te ver se eu não posso te beijar?
-Meu Deus.
Ni-Ki: -Só disse a verdade.
Ficamos ali juntinhos. Nos beijando e falando sobre coisas aleatórias, aproveitando cada segundo como se fosse o último, até porque nunca se sabe.
Aquele dia, eu tive mais certeza ainda que eu o amava mais que todos da minha vida, e que se realmente tinha conquistado meu coração. Não tinha pra onde ir, nem pra onde correr. O destino havia me colocado naquela situação e oque eu poderia fazer é me aceitar com prazer.
Disse a ele que ia embora. Ajudei ele a juntar as coisas e saímos dali. Fomos caminhando juntos naquela noite fria, do inverno que jajá chegaria. Passeamos até tarde e aquilo sim que era viver; a vida que eu nunca seria capaz de ter, a felicidade que eu nunca teria com minha mãe no meu pé.
-E agora? Como eu vou subir?
Ni-Ki: -Vem, eu te dou pezinho.
E assim foi. Subi pela calha e entrei na varanda.
-Tchau! Obrigada por hoje. -Asceno para ele!
Ni-Ki: -Não tem de quê!
Entrei em meu quarto e percebi o quanto eu era feliz e completa. Deitei na cama sentindo a paz de ter um quase namorado perfeito e ser uma dançarina excepcional. Bons sonhos para todos nós.
🎧ྀི
Ei galera! Só lembrando da votação para vcs escolherem a nossa próxima fic no meu twitter @_nikette! Era só isso mesmo! Valeu por ler!
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Love u: xoxo - Ni-Ki
FanfictionNi-Ki recebe uma bolinha de papel amassado no rosto durante a aula de matemática, dentro tinha uma carta um tanto reveladora. Sua colega de classe S/n que mais parecia o odiar foi quem arremessou ela assim. Porquê ela escreveria isso logo pra ele...