Conto 5 - 01| Rito de acasalamento.

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Nicolay

Fechei a porta do quarto, enquanto Lou observava tudo ao redor. O nervosismo mais do que evidente em cada reação do corpo. Os olhos dela pararam na cama, ainda arrumada, já que eu não tinha relaxado um segundo sequer desde que percebi que ela havia deixado o clã.

Foi uma decisão fácil demais ir atrás dela na alcateia, porque eu jamais ficaria tranquilo se não soubesse que ela estava bem e segura. Depois de estar lá, percebi que se ela não me desejasse, a deixaria livre para fazer o que quisesse, mesmo que isso me matasse por dentro. Mas eu jamais a obrigaria a ficar comigo. Nunca.

—Kyara ficou preocupada, assim como eu. Mas Ágape nos disse que os lobos foram gentis com vocês da última vez. —Afirmei, tentando trazer a atenção dela pra mim. —Mas você não era vampira antes. Então precisei ter certeza se estava mesmo bem.

—E se eu não quisesse voltar pra cá? —Indagou, finalmente olhando pra mim, com a dúvida brilhando nos olhos verdes, enquanto eu puxava meus cabelos úmidos para trás, me perguntando se Lou podia sentir que eu havia pensado sobre isso momentos antes.

—Então eu iria me certificar que você ficaria bem e iria embora. Morreria por dentro, mas faria o que decidisse. —Afirmei, caminhando até parar na frente dela, observando-a engolir muito lentamente, como se minha aproximação a deixasse abalada. —Entendo sua raiva. Mas eu não podia viver sem conhecê-la. Sem saber se você um dia iria me querer da mesma forma que eu quero você.

Ela suspirou, desviado os olhos de mim para o chão, com as bochechas se pintando de vermelhas. Sorri ao vê-la fazer isso, adorando cada reação do corpo dela. Principalmente quando puxei o laço na minha mente e o acariciei, vendo e sentindo o corpo dela estremecer em antecipação, como se soubesse o que estava prestes a acontecer ali. Eu iria fazê-la minha. E iria me demorar muito nisso.

—Não sei o que fazer. —Sussurrou, ainda sem olhar pra mim, com a voz trêmula. —Quero dizer, encaixar o laço e...

—O rito de acasalamento. —Falei, muito lentamente, vendo-a erguer os olhos para me encarar, com a respiração desregular. O prazer explodiu de dentro de mim, enquanto eu sentia meu coração imortal martelando no meu peito. —Me lembro de você dizendo que gostaria de me prender na cama.

—Eu... eu... —Lou gaguejou, puxando o ar com força quando inclinei meu rosto para perto dela, sentindo seu cheiro queimando nas minhas veias, me deixando prestes a morrer de sede. —Foi no calor do momento.

—Ah, foi? —Desci os olhos para os lábios dela, erguendo as sobrancelhas, enquanto minha boca ficava seca. Sim, eu com certeza iria me demorar muito, porque tinha esperado tanto por ela, que sabia que quando a tocasse, não a soltaria tão facilmente. —Posso te mostrar como é. E depois, quando você já estiver saciada, pode me prender.

—Saciada? —Ela piscou várias vezes, absorvendo a palavra, enquanto eu sorria mais ainda, sabendo que ela era perfeita.

Ergui a mão e comecei a abrir os botões da camisa, vendo os olhos dela se perderem no movimento, enquanto o cheiro da sua excitação chegava até mim, fazendo meu sangue ferver de desejo e sede. Queria beija-la e queria mordê-la. Queria fazer tantas coisas, que sabia que a assustaria se ela pudesse ler minha mente. Minhas mãos chegavam a arder com a vontade de toca-la.

—Tire o vestido, Louisa. —Sussurrei, sabendo que minha voz tinha um tom de suplica, que fez uma faísca atravessar o ar entre nós, pronta pra começar um incêndio.

Ela fez o que eu pedi, enquanto eu umedecia meus lábios com a língua, observando ela abrir o vestido e ele deslizar pelos ombros dela até o chão. O corpo macio ficando a minha disposição, como um banquete. Podia sentir minha calça se tornar dolorosamente apertada, quando mais duro eu ficava, pulsando por ela.

Realeza de Sangue Mortal / Vol. 3.5Where stories live. Discover now