retorno

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Me desculpem pela demora, mas é semana de prova e entrega de trabalhos na faculdade então está bem corrido.





Pov Lexa

Finalmente em casa

Foi o que pensei  assim que entrei em casa, acompanhada  de Clarke, meus pais e Octavia.

-Amor, tem certeza que não quer ficar em um quarto aqui em baixo?- Sorri, assim como todas as vezes que escuto ela me chamando de amor, e a forma que a palavra sai de sua boca parece tão genuína, tão verdadeira...

- Prefiro nosso quarto, meu amor.- Respondi e logo Octavia e meu pai me ajudaram a subi a escada, apesar de ter ficado no hospital mais de uma semana, ainda vou precisar ficar mais um tempo de molho. 

Estou me recuperando até que rápido, devido a gravidade do acidente. O machucado em minha perna, feito pelo vidro do carro está com alguns pontos, minha costela fraturada foi tratada pelo ortopedista assim como meu ombro. Agora só resta repouso, muita medicação e algumas sessões de  fisioterapia e então eu estarei novinha em folha.

-Isso, com cuidado- pedi quando me aproximei da cama e me ajudaram a me sentar meio deitada- Amor, pode pegar um remédio de dor para mim -minha perna já voltava a doer.

- Já eu volto!- logo ela desapareceu pela porta do quarto

-Onde está doendo filha?- minha mãe se sentou ao meu lado, na borda da cama.

-A pergunta certa seria, onde não dói - Ri ao observar a cara de pena que minha mãe fez para mim.

-Aqui Lexa- Clarke voltou me entregando o comprimido grande e na cor branca, juntamente com um copo com água .

Engoli o comprimido logo bebendo a água e  lhe entreguei novamente.

- Se vocês não se importam, eu gostaria de falar com Lexa um momento a sós- Meu pai falou no canto do quarto 

As 3 mulheres que estavam ali se entreolharam mais nada disseram, e apenas saíram me deixando sozinha com ele. Todos esses dias que passei no hospital, meu pai esteve junto de mim, revezou com Clarke para passar as noites comigo( mesmo a loira querendo estar ao meu lado), porém não falamos sobre a noite do leilão, nem sobre nossa relação pai e filha.

-Filha, eu sei que nunca estive muito presente na sua vida. Eu nunca quis que você sentisse que eu não te amava, ou que meu trabalho era mais importante para mim do que você e sua mãe. Sei também que pelas minhas atitudes você tem toda a razão em pensar isso. Fui um pessimo pai e um pessimo marido. Porém, eu tive uma infancia parecida com a sua, eu fui ensinado que é cuidando daquilo que coloca alimento na nossa mesa é provado o nosso amor.- Meu pai parecia se lembrar de algo e a nostalgia tomou conta de seu rosto -Quantas vezes eu não questionei ao meu pai, se ele não me amava, porque dele passar tanto tempo trabalhando e nunca tinha tempo para mim, e a resposta era que ele fazia isso porque me amava, porque queria dar tudo de bom e do melhor para mim e acho que eu fiz com você a mesma coisa, sendo que o que você mais precisava era de um amigo, de um pai presente.- 

-Papai...- chamei quando uma lágrima solitaria desceu de seu rosto .

-Me deixe terminar por favor- apenas assenti sabendo que ele precisava daquilo tanto quanto eu.- Eu errei miseravelmente com você Alexandra, e me arrependo muito. Você não sabe o medo que senti em te perder... eu não seria ninguém sem você minha filha, nem a empresa nem nada teria sentido na minha vida sem você aqui... Você é meu bem mais precioso, é meu maior orgulho, acha que eu nunca me senti orgulhoso das suas conquistas, desde um desenho que você fazia no jardim de infância? eu tenho todos guardados.  Eu quero pedir uma chance, uma chance de me redimir, de ser um pai melhor, de ser alguém que você possar sentir orgulho de chamar de pai e eu faço o que for preciso para isso- Seus olhos estavam suplicantes por uma resposta minha.

Divórcio com data marcadaWhere stories live. Discover now