Capítulo Seis

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Gael Ferraz

Conto o dinheiro mais uma vez, para ter certeza de que não está faltando nada.

Eu vou pagar o Erick, e então tudo finalmente vai acabar, sem mais estresses.

Me jogo na cama e sinto meu corpo doloroso, merda, ainda sinto dor da última noite. O cretino tinha que pegar tão pesado?

__ Querido, Erick está aí.

__ Estou indo, mãe.

Pego o dinheiro dele e guardo comigo, então desço as escadas para o encontrar.

__ Eai - ele me cumprimenta.

__ Estou saindo saindo agora, fique a vontade, Erick.

Minha mãe ainda não sabe as merdas que ele faz, para ela, Erick ainda é um menino inocente.

__ Tchau tia - assim que minha mãe sai, ele vem até a mim - cadê a porra do meu dinheiro?

Pego o dinheiro do bolso da calça e entrego a ele.

Assustado, o filho da puta olha as notas, para ter certeza de que não é falsa.

__ Onde conseguiu isso?

__ Está aí, não está? Dinheiro pago, dívida concluída, devolva a jóia da minha mãe.

Me jogo em uma poltrona e coloco os pés na mesa de centro. Se dona Yolanda visse, teria me dado um tapa.

__ Quero saber como conseguiu isso em apenas um dia - ele joga a joia dela em cima da mesa.

Pego a joia, e olho bem, para ter certeza de que era aquela.

__ Um amigo me emprestou.

Essa porra de dinheiro custou caro, minhas pregas e a porra da minha dignidade.

__ Que amizades caridosas que você tem - dou de ombros - assim vou achar que está se prostituindo.

Não é prostituição se eu fiz apenas uma noite, e com uma só pessoa.

__ Tenho perfil de garoto de programa? - arqueio uma sombrancelha.

__ Não, mas seu irmãozinho tem - Erick da um sorriso nojento - quando se cansar daquele namorado, diz para ele me ligar.

__ Você pode ir se foder! - me levanto e chuto a mesa de vidro na direção dele.

Ela se quebra, machucando as pernas do Erick, que grita de raiva e dor.

__ Você é um homem morto! - o desgraçado me da um soco.

Eu me jogo nele, e ambos caímos em cima dos cacos de vidro. Acerto um soco nele também, machucando seu supercílio.

Erick sobe em cima de mim, e me bate mais, sem parar.

Pego um caco de vidro, e enfio no ombro dele, o fazendo gritar de dor.

__ Vai se foder, Gael! - ele grita - morra!

Erick aponta uma arma para mim, e eu levanto as mãos.

__ Calma ai - falo, com medo de levar um tiro.

__ Como conseguiu aquele dinheiro? Com o namorado do seu irmão?

__ Não! - respiro fundo.

Não foi com ele mesmo, com o segurança sim, mas não com ele.

Erick chega perto, me fazendo ficar em alerta.

__ Se estiver realmente se tornando uma puta, pode falar comigo, vou ficar mais que satisfeito em ajudar - ele acaricia o meu rosto.

Apenas Uma Noite Where stories live. Discover now