°•*1: Amizade À Primeira Vista*•°

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Nota: Não, nem o mundo mágico escapa da homofobi-
Mkkkkk
Classificação desse capítulo: Eu tenho 0% de ideia, mas não tem nada errado por enquanto, então, é.
O povo aqui tem magia, aliás.
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Ah, o belo som dos pássaros.
Todos os bares da cidade lotados de elfos, erguendo seus copos até o teto, os copos cheios até a borda de suas bebidas favoritas: cerveja e vinho.
Essa é a essência do festival da Flora, comemorar o crescimento da natureza.

Meu pai me mandou ajudar ele à limpar o bar que era o andar de baixo da nossa casa, afinal, nossa família inteira vai chegar. Eu não sei se eu morro ou se eu fico feliz por poder ver minha prima, Bertha.
Ela é a única que sabe que eu gosto de garotos... E é a única que eu conheço que também gosta do mesmo gênero. Confiei isso à ela porque sei que ela morre antes de abrir a boca...
O negócio é que ela vai trazer a namorada dela.
Se minha família aceitar a Bertha, talvez hoje eu consiga finalmente dizer ao meu pai que eu também gosto de garotos.

— Filho, terminou de limpar as mesas? — Meu pai perguntou, chegando e limpando alguns copos. Eu acenei, afinal, as mesas estavam mais brilhantes que o sorriso do meu pai. Ele realmente adorava ver a família, e eu também.

Um barulho na porta... Ué? Eles já chegaram?
Bem, melhor ainda. Assim posso ver Bertha.
Ah, olha ela lá! Vou puxar o braço dela para ela saber que eu estou aqui.

— Ah, priminho! Como vai? — Parece que o sotaque sulista dela está ainda mais forte do que no ano passado... Haha. E essa moça do lado dela... Só pode ser a namorada dela. Ela tem cabelo afro. Interessante, raramente vejo pessoas como ela, mas ela é linda.

— Vou muito bem, obrigado por perguntar.

— Bom, vou falar pra você primeiro... Essa é a minha namorada, Perséfone. — Ela apontou para a mulher ao lado dela. Devo dizer, ela é linda.

— Prazer em conhecê-la, Perséfone. — Eu dou um aperto de mão à ela, afinal, não quero ser mal educado. Espero que ela não perceba que estou encarando demais os cabelos dela, são lindos... Será que eles também são bons de tocar? Bom, só há um jeito de descobrir. — ... Seu cabelo é lindo. Posso tocá-lo?

— Claro. — Perséfone está sorrindo, acho que consegui causar uma boa impressão. Eu estou começando a gostar dela... Enfim, estou tocando o cabelo dela. É tão bom de sentir quanto é de ver. Já considero ela minha cunhada, mesmo que eu e Bertha sejamos primos, pra mim ela é uma irmã mais velha. 

— ... Espero que eu não esteja sendo invasivo.

— Ah, pode acreditar, você não está. A Nene não se importa. — Bertha disse para mim, o que me acalmou um pouco. Não quero tratar Perséfone como se ela fosse algum tipo de atração, mas eu adorei o cabelo dela.

— Na verdade, estou feliz que você gosta do meu cabelo. Bertha me disse que seu nome era Flynn, correto? É um prazer conhecer você também. — Não notei antes, mas a voz dela é mais suave do que a de Bertha. Se Bertha deu tanta sorte com uma namorada, talvez eu consiga um namorado igual.

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Ah, está um barulho terrível aqui... Não sei se meus ouvidos são sensíveis ou se minha família inteira é simplesmente barulhenta. Vou só pegar minha flauta e dar uma pausa na floresta, afinal, é o festival da Flora. Fazer uma visita às plantas não faria mal.

Nem meu pai, nem Perséfone e nem Bertha perceberam que eu saí. Ótimo. Mas eu sinto uma mão no meu ombro... Tia Martha?

— Flynn, para onde você está indo? — Tia Martha praticamente nunca nem olhou para mim, não entendo o interesse repentino...

Bardos CaninosWhere stories live. Discover now