Power Over Me - Dermont Kennedy

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Já estou a três meses aqui, o bom é que o Sr. James elogiou muito o meu trabalho, Whitney também, já que estou com muito trabalho adiantado.

Porém em relação a minha vida acadêmica está péssima, três meses e eu não escrevi uma única palavra sequer, as crises de ansiedade pioraram e pela primeira vez na vida acho que vou fracassar.

Ligo o carro para ir trabalhar, hoje está muito frio, a temperatura está abaixo de zero, mas não está nevando ainda, meu carro não quer pegar por alguma razão, então vou de táxi, chego ao prédio e pego o elevador, devido ao frio, muitos funcionários decidiram trabalhar de casa, por isso está bem sossegado aqui.

Ao longe vejo Dylan andando rápido para pegar o elevador e espero que ele veja que estou apertando o botão para a porta se fechar antes que ele entre, sorrio satisfeita quando a porta se fecha e ele fica para trás.

— Obrigado por segurar o elevador. — diz ele passando pela minha mesa.

— Pode contar comigo, brother. — respondo sorrindo.

— Não me chame assim nunca mais. — Dylan fala com uma careta.

Mais tarde naquele dia, estou terminando de conferir mais um trabalho excelente que acabei de terminar quando Dylan vem até minha mesa.

— Por que você pediu 30 mil cópias para este livro? — pergunta ele apontando o número em um relatório — Isto não está certo.

— Mas está. — olho para ele e sorrio.

— Não, não está. — rebate ele.

— Está.

— Não está.

— Está.

— Não está.

— Whitney! — dizemos juntos quando vemos ela passar e começamos a andar atrás dela.

— Pode dizer a Maria Isabela que ela não é responsável pode pedir quantas cópias e qual tiragem um autor iniciante terá, por favor?

— Maria tinha esse tipo de responsabilidade na antiga editora e ela pode porque eu permiti a ela que fizesse isso, deveria agradecê-la por facilitar o seu trabalho, Dylan.

— Rá! Na sua cara! — respondo.

— Olha — diz Whitney parando e se virando para nós — Tenho recebido reclamações dessa guerrinha de vocês, estão assustando os colegas que acham que um de vocês pode acabar empurrando o outro pela janela.

— Foi ele quem começou. — protesto.

— Eu vi que você não segurou o elevador para ele hoje, Maria, e em outros dias também.

— Droga. — digo baixinho.

— Na sua cara! — zomba ele baixinho.

— Por favor, trabalhem em equipe. — finaliza ela que dá as costas e volta a andar.

Eu dou as costas também e volto para a minha mesa acompanha pelo meu cão de guarda.

— Não faça mais isso antes de passar por mim.

— Você não é meu chefe. E ouviu o que Whitney disse, eu posso fazer porque ela me autorizou.

— Você é tão metida. É por isso que todo mundo te odeia.

— Ah, não. — finjo estar magoada.

— Você fica fazendo esse tipo de coisa e todo mundo te odeia por mostrar o quanto eles são incompententes e não te chamam para o happy hour nas sextas.

MARIA Where stories live. Discover now