Cap 33

10.8K 677 63
                                    

I T A L I A N O

Xico Bala- Nois tem que fazer um plano antes chefia.

HK- Eu até concordaria mas a menina já tá a um tempão sumida, todo tempo é precioso.

Alemão- Finalmente falou algo que preste.

HK- Vem cá, porque que tu não volta pro teu morro em? Ninguém te quer aqui não seu mal amado.- Agora eu ri.

Italiano- Parou vocês dois.- Eles automático param.- A puta falou que fica em um armazém perto da mata, a única mata que eu conheço é a do poço.

HK- Talvez porque seja a única que tem.- Ele revira os olhos.- Tem uma parte que tem um galpão, tem umas casas mas acho que ninguém mora lá.

Italiano- Ótimo, então é pra lá que nós vamos. Que lugar é melhor pra um crime doque um armazém no meio do mato sem civilização.- Meio precipitado? Sim. Mas eu sei oque faço.

Alemão- As vezes você me assusta.

[...]

HK- Mosquito que só a mulesta.- Fala todo se coçando.

Alemão- E tá com sarna é?- Diz rindo.

Estamos andando a um bom tempo.
Eu trouxe os mesmos 15 vapores que foram comigo achar a Mel.
Não sei porque mas eu estou muito nervoso, e se a menina estiver morta? Gosto nem de pensar.
Alguma vieram de moto e outros de carro. Só por preocupação.

Alemão- Véi eu acho que achamos a vila.- Vejo algumas casas, uma 5 eu acho. Tem uma senhora em uma cadeira de balanço de frente de uma delas.- Boa tarde senhora.- A velha se assusta.- A senhora sabe me dizer se tem algum armazém, galpão por aqui?

??- Boa tarde meu filho, tem sim viu, acho que por aquela trilha da pra ir pra lá.- Ela se inclina se aproximando do alemão o chamando.- Mas tome cuidado viu, a minha vizinha disse que ouviu uns gritos vindo de la.- Ela diz voltando a normal.

Italiano- Obrigada, a senhora mora só?- Pergunto. Como que essa senhora mora só no meu da mata?

??- Moro não, eu moro com o meu filho mas ele saiu.- Fala pegando o crochê que estava fazendo.- Tome cuidado, Deus abençoe meus netinhos.- Fala dando tchau.

Todos- Amém.- Velha meia maluca. Mas como o filho deixa ela sozinha aqui? Perigoso pra caralho.

Começamos a ir em direção a trilha e eu paro.

Italiano- Fiquem 5 aqui. Qualquer coisa nós chamamos no radinho.- Eles assentem.- Os outros dez, vocês vem comigo.

Começamos a seguir a trilha que a velha tinha falado.

Pedrinho- Olha aquilo ali.- Ele fala e olhamos pra onde ele está apontando.
Tem literalmente uma porra de plantação de maconha aqui.- Me sinto igual os franceses achando o Brasil.

HK- Além de feio é burro.

Italiano- Vamos tomar posse disso aí.- O meu foco não é muito drogas e sim armas, mas os verdinhos me trazem um ótimo lucro também.-Bora continuar andando, vamo.

Passamos por mais algumas árvores e vejo um galpão não muito grande, provavelmente alguma casa de repouso pros manconheiros.

Alemão- Lugar macabro do caralho.- A casa tá quase caindo aos pedaços.- Seloko chega arrepiei.

Italiano- Vocês fiquem aqui fora.- Falo pros dez que vieram comigo.- Alemão e HK vocês vem junto.- Falo.
Tento abrir a porta mas vejo que está trancada com cadeado.

Alemão- Sai da frente.- Ele fala e saca arma atirando da fechadura.- Abriu.- Diz calmamente entrando na casa.

Repito fundo e entro analisando o local.
Tem uma mesa, um sofá todo rasgado, uma cama velha e outro cômodo que provavelmente é o banheiro.
Uma coisa que me chamou atenção foram os vários pacotes rasgados de camisinha no chão.

Alemão- Tá tudo bem abandonado.- Fala e vou em direção a cama olhando os lençóis, toco nos mesmos.

Italiano- Estão mornos, tinha alguém aqui. Já olhou no banheiro?- Ele mexe a cabeça em forma de não.

??- SAI DAQUI!- Escuto uma voz feminina gritar e corro na direção da mesma. Que vem provavelmente do banheiros- NÃO ME TOCA!

HK- Calma. Eu não vou te machucar...- Ele fala recuando com as mãos para cima.
Olho direito dentro do cômodo e Jesus... Oque fizeram com essa menina?

Ela está com o corpo todo machucado, cheio de roxos e marcas, muito, mais muito magra, seus olhos estão fundos e sua pele muito pálida, em contraste com os machucados.
Ela veste apenas um blusão mil vezes maior que ela.

Ela olha pra mim e a única coisa que vejo são os mesmos olhos azuis, mas sem o brilho de antes.

Helena- VOCÊS TAMBÉM VÃO ME MACHUCAR, VOCÊS TAMBÉM VÃO...- Diz chorando e com o corpo escorregando pro chão.
Quando olho ela está desmaiada.

Alemão- Eu não consigo ver isso namoral...- Diz se afastando com as mãos no rosto.

Corro até a Helena desacordada e com cuidado a pego no colo.
Se essa menina tem 45 quilos é muito.
Saio correndo da casa e os vapores me olham.

Italiano- Bora, bora todo mundo voltando!- Falo e começo a correr no meio do mato em direção ao início da trilha. Pego a radinho.- Xico Bala traz o carro pra cá agora!

Xico Bala- Não hora chefe.- Diz desligando.

Italiano- Pelo amor de Deus, fica viva por favor.

Meu Morro Minha Vida Where stories live. Discover now