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                  " No right to anything."

》Isabella's pov.

Merda, eu não posso ficar aqui, não posso voltar pra casa e deixar Brandon acabar com a vida de todo mundo com um disparo. Eu realmente preciso de ajuda médica mas não posso me expor para o público, quanto menos pessoas me reconhecerem pelas ruas e quanto mais longe eu permanecer de minha família, incluindo a da azulada, melhor será.

Eu espero de verdade que meu ex, que obviamente não considerei como namorado quando voltamos, não vá diretamente contra eles para me afetar mais ainda.

– Aí meu Deus! - me assusto com o choque de Maggie ao me ver no carro, que também se assusta ao me ver - Bella!

Seu abraço me envolve, não tão apertado pela percepção do meu estado. Seus olhos estavam marejados, provavelmente de felicidade por me reencontrar após um longo tempo.

– O que aconteceu com você meu amor? - indaga preocupada, passando suas mãos delicadamente por meu rosto - Onde estava esse tempo todo? Fiquei tão preocupada com você, mal conseguia dormir de noite!

Sem resposta, começo a chorar pelo simples fato de alguém estar pela primeira vez demonstrando carinho por mim em meses. Me sinto tão sensível ao ponto de que se qualquer pessoa me desse um abraço eu desmoronaria na mesma hora, e não foi diferente nesse caso.

Nem sei ao certo como expressar a tamanha falta que sinto de todos, principalmente da Billie, mas parece que ela não se importa mais comigo. Se eu tivesse apenas uma oportunidade de a explicar tudo o que aconteceu, as coisas iriam ficar boas novamente, mas nem isso ela quer ouvir de mim.

Estou arrasada.

Talvez não só tenha me esquecido como também possa ter encontrado alguém diferente e esteja se relacionado. Uma prova para isso é o cheiro de perfume feminino doce dentro do automóvel, a azulada não usa esse tipo de perfume e eu sei muito bem disso. Mas pensando por outro lado, pode até mesmo ser de sua mãe.

– Quem te machucou meu bem? Está doendo muito? - concordo com a cabeça a sua última pergunta, ignorando a primeira - Irei chamar Patrick para te levar no hospital junto com Billie, vou ficar e ligar para seus pais.

– Não! - grito de imediato, me arrependendo em seguida - Desculpa, mas por favor não me leva para o hospital ou liga para meus pais, vocês já estão correndo risco.

– Risco? - questiona confusa - Querida, nós todos estamos bem e seguros.

– Vocês não me entendem, não entendem que eu estou tentando proteger a todos! - falo com a voz embargada, prosseguindo o choro.

É tão difícil assim respeitar a minha decisão?

Percebendo que não poderia me obrigar a ir onde não queria, cede meu pedido e para seus questionamentos. Agradeço mentalmente por ela não ser insistente igual Billie e concordar com o que quero fazer, uma boa forma de demonstrar apoio a mim.

– Vamos para dentro, talvez eu consiga te ajudar em algo sobre esses seus machucados. - estica a mão para mim, indicando para eu me levantar.

– Não consigo andar, acho que quebrei a perna. - explico - Posso ir andando com a outra, apoiada em você?

A mulher concorda mais uma vez, ficando ao lado contrário de minha perna fraturada e passando seu braço por baixo de minhas axilas. Assim, me impulsiona para eu conseguir me levantar e apoiar a maior parte do peso de meu corpo em si.

Com pequenos pulos, me movimento junto com ela até sua sala de estar, que não era tão longe assim pela casa não ser grande. Gentilmente, afasta as almofadas e me senta em seu sofá.

𝙎𝘾𝘼𝙉𝘿𝘼𝙇𝙊𝙐𝙎 - 𝐁𝐢𝐥𝐥𝐢𝐞 𝐄𝐢𝐥𝐢𝐬𝐡 (𝐆!𝐏)Onde histórias criam vida. Descubra agora