Capítulo 10 - Viagem

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O dia seguinte então chegou e todos os alunos novatos embarcaram em suas carruagens a caminho dos navios que os levariam para a Ilha Aethryst.

Elara, entre a multidão de estudantes, encontrou-se perdida em pensamentos enquanto observava o mar ondulante. As águas refletiam os primeiros raios de sol da manhã, criando um espetáculo de luz e cor que banhava o mundo ao seu redor em uma aura dourada.

Enquanto contemplava a beleza natural diante dela, uma voz suave a trouxe de volta à realidade.

"É uma vista agradável, não?" disse alguém ao seu lado.

Elara virou-se e viu que era a diretora Luciele, cuja presença exalava uma calma reconfortante.

"De fato, eu nunca tinha visto uma vista assim," respondeu Elara, admirando o espetáculo da natureza diante deles.

Luciele sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de nostalgia e reverência pela beleza do mundo.

"O mundo é repleto de maravilhas, Elara. Algumas estão bem à nossa frente, enquanto outras precisamos buscar com esforço e dedicação," disse ela, sua voz carregada de sabedoria.

"O que você quer que eu faça, diretora?",falou Elara, olhando para o horizonte.

A diretora Luciele estalou os dedos e uma barreira quase invisível se formou ao redor delas, criando um ambiente protegido para a conversa.

"Uma barreira para bloquear vozes?" questionou Elara, observando a magia em ação.

"Vejo que você conhece esse tipo de magia," observou Luciele, reconhecendo a familiaridade de Elara com o feitiço.

"Enfim, está na hora de você cumprir o seu dever, o dever dos umbras no que vai vir daqui em diante," declarou Luciele, com seriedade.

"Meu dever é matar todos que estiverem na ilha, que irão participar do evento?" perguntou Elara, surpresa com a natureza sombria da tarefa.

"As mortes serão temporárias. Mas os participantes sentirão como se fossem permanentes. Você ganhará pontos por cada assassinato, enquanto os alunos receberão os pontos pelas esferas de energia coletadas pela ilha. Eles acreditarão que você está apenas coletando essas esferas, mas apenas os professores saberão que é por meio de mortes," explicou Luciele, detalhando os aspectos do plano.

"Algo com que eu deva me preocupar?" indagou Elara, sua mente calculando as possíveis complicações.

"Haverá assassinos contratados para impedir que seus contratantes percam. Eles não ganharão pontos. Se você os encontrar, ganhará pontos extras. E se encontrar as esferas, também ganhará pontos extras," revelou Luciele, delineando os desafios que Elara enfrentaria.

"Tudo bem, só tem um problema," disse Elara, ponderando sobre sua necessidade.

"E qual seria?" perguntou Luciele, esperando pela resposta.

"Preciso de duas armas novas, uma adaga e uma espada. Ninguém precisa saber quem está os matando, apenas precisa saber que estão mortos," concluiu Elara, determinada a cumprir sua missão de forma eficaz e discreta.

A barreira então desapareceu e a diretora se afastou.

"Vai demorar algumas horas para chegarmos na ilha. Se entretenha com alguma coisa, ou até pesque, se quiser," disse a diretora, enquanto seguia em direção à cabine do barco.

"Pescar?" pensou Elara, considerando a sugestão.

"É uma ótima ideia," ela murmurou consigo mesma, estendendo a mão para fora do navio e fechando os olhos para se concentrar. "Preciso sentir onde estão os peixes..."

ElaraOnde histórias criam vida. Descubra agora