apocalipse

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Ela acorda em um lugar escuro, seus braços amarrados, uma cadeira dura prende suas costas, tenta se levantar, em suas pernas correntes grossas e frias.
  Tenta investigar o lugar.
Uma janela.
Uma porta.
Uma pia.
Próximo a pia, uma pequena mesa de centro.
   Ouve passos, não entende nada, um frio sobe por sua espinha, por extinto fecha os olhos.
A porta se abre.
Alguém se aproxima.
Deixa algo sobre a mesa.
Sons de passo.
A porta se fecha.
   Abre os olhos, está sozinha, uma faca sobre a mesa, está suja de sangue.
   Entra em desespero, tenta se soltar, se esforça o máximo que pode, mexe e remexe, a cadeira tomba, os passos retornam.
   Fecha os olhos.
Ele entra.
Nota que está deitada.
Pega algo sobre a mesa.
Ela sente o ferro frio em seu pescoço.
Um golpe, a dor é imensa, ela apaga.
Acorda, está em um quarto, paredes cor de rosa, esta de frente para uma cama, sobre ela um cobertor branco, se enche de pavor, está vestida com uma roupa de boneca, tenta gritar, não consegue, tem uma mordaça em sua boca.
Olha para o lado, dois pés, força os olhos, um corpo, uma mancha vermelha cobre o chão a seu redor, um homem morto?
Presta mais atenção na parede, uma sombra, outro homem, ele se aproxima, usa uma máscara em forma de água viva.
Segura seu rosto com força, a Buchecha dela dói, tenta gritar, não consegue, ele usa uma luva na mão direita, sua mão esquerda segura algo, um pote de sal, começa a espalha-lo sobre ela, suas feridas doem, sua cabeça dói.
   Ele pega uma vela, ela é vermelha com um grande símbolo desenhado, é o desenho de um ser com corpo de homem, mas sua cabeça é uma água viva, os finos tentáculos descem até seus pés de forma macabra.
    Coloca a vela entre suas mãos, a força a segurar, ele a acende, o calor queima sua mão.
   Começa a fazer um cântico.
“vi lé’t du cutu flu, zara vole”
    Repete várias vezes.
   Ela ouve gritos saindo das paredes, as pessoas nos outros quartos saltam e berram, o cântico se repete, ele sai de todas as outras portas.
    Olha para a janela, o céu está vermelho, casas entram em chamas, um grande tentáculo fino e transparente se amará a um prédio, outro e mais outro, eles se espalham por entre as ruas.
Gritos de pavor.
Aviões no céu.
Acidentes de carro.
O Caos se instaura.
 Medo, isso é tudo que ela é capaz de sentir.
   A vela está derretendo, a cera quente escorre por sobre as suas mãos.
    Olha para ele, uma arma...
   Coloca em sua testa, o cano é frio.
   Um tiro seco enche cada canto do quarto.
   Sangue e miolos cobrem as paredes, vários outros tiros saem de todos os outros quartos.
   Uma explosão no céu, um tsunami enche o apartamento de água.
   Tudo acabou.
 
 

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