Um baile sem mascara

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De manhã antes da escola.
Eu acordei muito atrasada hoje, eu preciso tomar café da manhã o mais rápido possível. A noite tem o baile anônimo, acho que anônimo é o nome ideal para isso, eu sei que provavelmente eu vou ver várias pessoas se pegando, claro sem se revelarem, pois você pode ser o que quiser, contanto que não saiba que é você mesma. Eu acho que todos deveriam mostrar suas bizarrices em público sabe? Sei lá, eu tenho uma super mania de cheirar tudo o que eu vou usar ou comer,eu não sei se isso é coisa da minha cabeça, quando eu lavo um copo, ou alguma coisa, eu cheiro pra ver se eu realmente lavei direito. BIZARRO! Ou talvez seja bizarro só pra mim, não tenho uma definição do bizarro. Acho que é tipo, a beleza de alguém? Sei lá, exemplo: Eu posso ver um garoto e achar ele feio, Adriana pode olhar e achar ele incrivelmente lindo, acho que defino assim, isso é muito relativo, será que bizarrice é relativa? Você pode gostar de enfiar o seu pão no copo cheio de leite ou café, é BIZARRO mas eu acho que o pão fica bem mais gostoso. Ok! Eu viajei muito aqui.

- Mãe, você pode me levar para o colégio hoje? - Falei enquanto devorava o meu pão.

- Não vai de ônibus hoje?

- Eu não quero ir de ônibus, acho que meu lugar nele já vai estar ocupado.

- Isso tem cheiro de macho, que provavelmente ela está evitando. - Anderson debocha - Você ama aquele velho do ônibus, por qual motivo mais você não iria?

- Não tem nada a ver. - Olho para ele zangada.

- Eu te levo filha, e Anderson para de pegar no pé de sua irmã.

- Toma! - Falei mostrando a língua e rindo dele.

- Vaca! - Ele sussurra.

Eu me levantei da mesa, peguei minha bolsa e me sentei no banco de trás do carro. Meu pai foi dirigindo e minha mãe ao seu lado. Eu fiquei mandando várias mensagens para Adriana, mas ela não respondia, estou começando a ficar preocupada.

- O seu irmão comentou na mesa sobre um rapaz, você está flertando com alguém no colégio Cecília? - Minha mãe sempre curiosa.

- É claro que não mãe, quando isso acontecer, a senhora será a primeira a saber. - Dei um sorriso.

- É pra contar para mim também. - Meu pai fala rindo.

- Para vocês dois.

A minha última relação foi bem complicada, assim como a do meu irmão que perdeu o namorado. Meus pais sempre estiveram ali presentes, nos dando todo o apoio necessário, eu fiz alguns meses de terapia por conta disso, meu irmão se recusou, ele acha que consegue resolver seus problemas mentais sozinho.
Chegando ao colégio.
Dei um beijo no rosto do meu pai e minha mãe. Fui correndo em direção ao portão, havia avistado Adriana, preciso de notícias.

- Hey! - Escuto um grito.

Maycon se aproxima de mim.

- Você não tem outra garota pra perturbar não? - Falei olhando para ele.

- Acordou brava ruiva? - Ele dá um sorriso - Não te vi no ônibus, meu avô sentiu sua falta.

- Eu imaginei que você viria de ônibus, por isso prefiro vir de carro. - Dei um riso irônico.

É, meu irmão tinha razão!

- Tudo bem ruiva, não vou te encher. - Ele se afasta.

Fui em direção a Adriana que estava parada me olhando.

- Está bem amiguinha do novato. - Ela ri

- Ele é um babaca!

- É assim que começa todos os romances dos livros. - Ela queria me ver brava.

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⏰ Última atualização: Apr 07 ⏰

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