capítulo único

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A/N: olha quem apareceu! depois desse dia maluco, não poderia ser diferente, né? sigo numa correria bizarra, mas minha sina é essa: todos esses reencontros silenciosos, meus amores. esse em especial eu dedico pras profanadas que me marcaram a madrugada toda falando sobre isso e principalmente as minhas distópicas, rafa, lila e aline, pq hoje surtamos de um jeito tão nosso que me lembrou os tempos de travy.

obs.: quem não gostar de um bom e velho adultério, nem leia.

obrigada @/gntiamu no tt pela manip maravilhosa da capa!

um cheiro e até qualquer hora, bbs! 💗

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A beleza dos encontros entre Alexandre e Giovanna também era marcada pela raiva e o desejo do oceano de distância que os separava

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A beleza dos encontros entre Alexandre e Giovanna também era marcada pela raiva e o desejo do oceano de distância que os separava.

Na distância, eles queriam acreditar que passavam bem demais um sem o outro, como Bethânia já havia cantado. Porém, quando o encontro acontecia, olhos nos olhos, denunciavam o óbvio à qualquer ser desse universo tão ambíguo: eles eram completamente rendidos um pelo outro.

Quando o encontro entre as orbes negras do homem e os castanhos da loira se encontravam, era quase como um convite: cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim. Cê sabe que sou sempre teu, venha já.

E eles iam. Continuavam indo, desesperadamente, seja no set de mais uma novela ou em uma festa de aniversário de uma amiga em comum, em que torciam em seus íntimos para que o universo lhes fosse, mais uma vez, um companheiro fiel.

Ainda assim, no meio de tantos outros, fingiam estar refeitos, obedecendo os deuses que controlavam suas ações estúpidas e imaturas, que sempre os mantinham separados. Sorriam com pesar aos cônjuges, desejando estar lado a lado, um com o outro, numa festa qualquer, como um casal qualquer.

E naquela noite, no aniversário de Vanessa Giacomo, quase um ano após mais um dos tantos fins que os cercavam, eles se reencontraram mais uma vez.

Alexandre já havia bebido, procurando com certo desespero pelos fios loiros tão conhecidos por ele entre os tantos da festa. Recusou a ideia de subir ao palco para cantar com os seus, temeroso de assistir o álcool e a saudade que ele sentia dela transformar-se numa só canção, nas canções que ele fez para ela.

Afinal, as canções haviam ficado — eles não.

Mas naquela noite, naquele aniversário, era o momento propício para ambos serem atingidos pelas memórias dos anos atrás, em que amavam-se sobre jornais de papel numa cama improvisada no set, ou com a brisa do mar carioca testemunhando um amor numa casa que lhes pertencia, mas que jamais havia sido realmente deles.

Serrado o retirou de seus devaneios cutucando-o o braço, questionando se o amigo gostaria de mais uma dose de whisky. Ele sorriu, aceitando gentilmente, antes de checar a entrada da festa mais uma vez, ansiando pela possibilidade de vê-la.

saudade do tipoWhere stories live. Discover now