Demonic Love (fic em revisão)

Capítulo 5 - Seu mestre é um bom parceiro de dança (parte 2)

•--------------•♥️•--------------•♥️•--------------•♥️•--------------•

Sebastian conduz uma dança lenta e graciosa, seguindo o ritmo delicado da música que tocava. Apesar de sua relutância inicial, Ciel se deixou guiar. O mordomo era um excelente dançarino, na verdade, não havia nada que Sebastian não soubesse fazer com extrema perfeição. Olhando em seus olhos, Ciel não pode deixar de se surpreender, ele esperava encontrar aquele olhar impertinente e provocante característico do mordomo, no entanto, aqueles olhos castanhos pareciam olhá-lo com ternura, poderia apenas ser impressão sua? De qualquer forma, sob aquele olhar, ele novamente sentiu uma sensação de borboletas no estômago.

— Por que está me olhando assim? — Ciel questiona, seu tom firme, ignorando as batidas de seu próprio coração.

— Não é nada. Apenas notei que suas habilidades de dança melhoram muito nos últimos cinco anos. — Sebastian diz e então conduz Ciel em um giro delicado. — Isso me recorda o baile do visconde Druitt. Tivemos que dançar juntos naquela ocasião, o senhor lembra?

— Como esquecer? Eu tive que dançar usando aquele corset horroroso. Sinceramente nunca entendi como as mulheres conseguem usar aquela coisa no dia-a-dia. — Ciel diz sem conseguir esconder o desgosto pela lembrança em seu rosto.

— Se me permite dizer, meu mestre, naquela noite o senhor parecia uma jovem dama verdadeiramente adorável. — Ele diz com um sorriso gentil.

— Argh! Eu nunca mais vou me sujeitar algo daquele tipo de novo! — Ciel diz franzindo o cenho com repúdio e Sebastian ri, o som chamou a atenção do rapaz, era agradável e caloroso, e o sorriso genuíno em seu rosto só acentuou a beleza do mordomo, fazendo seu coração palpitar, Ele se força a desviar o olhar, um rubor surgindo em suas bochechas. No entanto, algo chama sua atenção, Mey-Rin e Finnian simplesmente haviam sumido. — Aqueles dois... pra onde foram? — Ele murmura, questionando a si mesmo, sem realmente esperar por uma resposta.

— Eu pedi a Mey-Rin que deixasse o salão junto com Finnian. Dei ordens para que não voltassem até a música acabar. Queria que esse momento fosse só entre nós. — Sebastian diz surpreendendo Ciel. "Quando ele fez isso?" se pergunta enquanto Sebastian o guia em um giro conjunto. E então a lembrança do mordomo sussurrando algo para Mey-Rin enquanto dançavam volta a sua memória. "Deve ter sido naquela hora." Pensou. Vendo que este o respondeu com sinceridade, Ciel decide fazer outra pergunta.

— Como sabia que eu aceitaria dançar com você? Eu podia simplesmente ter negado. — Ciel questiona.

— Eu apenas sabia. Eu o conheço melhor do que ninguém meu mestre. E eu sei que o senhor não perderia uma oportunidade como esta de ter qualquer uma de suas perguntas respondidas com minha total sinceridade. Sem enrolações ou meias verdades. — Com um movimento rápido, Sebastian inclina Ciel, o movimento repentino o pega de surpresa. Sebastian se aproxima de seu rosto e um tom avermelhado retorna as suas bochechas, os olhos do mordomo encaravam seus lábios e a ternura de seu olhar foi substituída por outra coisa, um brilho intenso e quase faminto. "Ele está pensando em...", Ciel não conclui o pensamento, parte dele queria afastá-lo e perguntar: "o que pensa que está fazendo?"; porém, a outra parte apenas queria deixar acontecer. O mordomo por sua vez para a centímetros de seu rosto, ele fecha os olhos e um sorriso surge em seus lábios. — Qual sua primeira pergunta, meu mestre. — Ele diz quase como um sussurro. A quebra de expectativa faz com que Ciel recupere o seu foco.

— C-Certo, então... Comece me respondendo quais são as suas verdadeiras intenções com este baile. — Ciel diz com um tom sério e Sebastian dá um sorrisinho de canto.

— De fato, nada lhe passa despercebido, meu querido mestre. — Ele diz puxando Ciel de volta para a posição inicial e a dança continua. — Está bem, ontem, antes do jantar, Agni me confidenciou algo pessoal. — Ele diz e Ciel lhe lança um olhar interrogativo, como se dissesse: "Por que, do nada, ele lhe confidenciaria algo de tal natureza?" captando a interrogação em seus olhos, Sebastian prossegue. — Talvez ele só quisesse desabafar com alguém e achou que eu, de todas as pessoas desta mansão, o compreenderia melhor. Não posso revelar o que ele me falou, mas é algo que diz respeito ao príncipe Soma.