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Marina

De volta a rotina, minha segunda feira se iniciou com chuva e estresse com o meu pai. Drasticamente os papéis se inverteram, agora eu me dou bem com a minha madrasta e vivo brigando com o meu pai. Eu tenho dó das minhas irmãs que estão crescendo no meio disso tudo.

Após levar a público o relacionamento eu, ironicamente, fui chamada de puta, de vagabunda, interesseira e outros mil xingamentos que eu não vou repetir. Tive que privar minha conta, eram poucos os comentários ou mensagens que eram nos apoiando. Isso me abalou bastante.

── Que cara é essa? — Ana perguntou após eu entrar na cozinha e eu suspirei.

── Tô sendo chamada de interesseira e de vagabunda no Twitter e no Instagram.

── Por que?

── Richard nos levou a público em um post.

── Oficializaram?

── Sim, o pedido mesmo foi ontem mas ele levou a público antes.

── Seu pai já sabe?

── Não, meu pai detesta o Richard!

── Seu pai detesta a ideia de ver a filha dele passando o que ele fez outras mulheres passaram, Marina. — Falou e eu a encarei. ── Ele não quer te ver sofrer, só isso.

── Mas ele precisa aceitar, eu já sou grande!

── Eu falo com ele depois sobre isso! Bom que você já tá limpando o caminho para as suas irmãs quando elas tiverem a sua idade. — Falou e eu ri.

── Ah não! Se o pai for mole com elas eu posso tá até velha, eu volto aqui e quem vai ser chata vai ser eu. Não vou passar por isso sozinha!

── Passar pelo que sozinha, Marina? — Ouvi a voz do meu pai. ── Bom dia! Quer carona?

Hoje é meu dia de estágio, vou acompanhar o médico na rotina dele no CT e o resto da semana é na faculdade.

── Quero, lógico!

── Onde você estava ontem? Richard se lesionou e foi afastado no sábado, era para você ter voltado no sábado.

── Colômbia. — Ele me encarou. ── Conheci os pais dele e nós estamos oficialmente namorando! — Levantei a mão e mostrei a aliança.

Meu pai me encarou por alguns segundos e negou com a cabeça, bufando.

── Vamos marcar um jantar então, eu preciso ter um papo sério com ele.

── Pai, é sério que você vai bancar o chato? — Cruzei os braços.

── Eu não vou bancar o chato, Marina, eu sou o chato!

── Que poético. — Rolei os olhos.

( • • • )

── Você se forma quando? — O dr.Gustavo perguntou.

── Em três anos.

fútil, richard ríos. Where stories live. Discover now