O Doce Som Do Seu Silêncio

~ Capítulo 25 ~

~ CAPÍTULO 25 ~

- Luto -

O ser humano pode ser assustador às vezes.

Ficamos alegres do nada, choramos com filmes bobos, sentimos vergonha por certas coisas, e nos apaixonamos sem precisar ouvir.

A adrenalina que corre nas veias é mais forte do que qualquer outra coisa.

Um segundo se torna um minuto.

Um minuto de torna uma hora.

Uma hora pode se tornar dias, semanas, meses, anos.

Dogday teve uma escolha, ele podia ter vivido a vida de qualquer outro estudante normal, mas seu coração o guiou até o garoto de cabelos escuros. Agora mais uma vez estava lá, correndo contra o tempo para o salvar, e nem mesmo sabia se conseguiria a tempo.

O cansaço pesava em suas pernas, o ar faltava em seus pulmões, seu corpo queimava, sua mente queimava, mais uma vez estava a um fio de perder Catnap.

Por que essas coisas tinham que acontecer com ele?

Será que mesmo se passasse dez anos, Catnap ainda seria procurado?

Tudo estava uma bagunça, ele desejava estar junto de Catnap mais uma vez.

Mas o mundo não parecia a favor deles.

~ Três anos depois ~

Dogday acordou em uma manhã de sol quente, porém ele já não achava mais os dias tão coloridos como deveria ser, tudo para ele era cinza e sem cor.

Três anos desde o desaparecimento de Catnap, nunca conseguiram o encontrar, ele teve que aprender com essa perda, agora já era um homem adulto. Sem emoção alguma.

Catnap se via caindo da nuvem mais alta, outra vez. Ele queria saber o que eram aqueles sonhos, o que aquelas lembranças significavam, tudo que viveu foi um sonho? Agora ele caiu, pousando no chão de concreto.

De repente.

Mais uma vez a sensação queimava sobre sua pele, correndo em direção ao além, sem alcançar nada, mais uma vez, caindo no chão duro, mais uma vez... sozinho.

Dogday sonhava com o garoto de cabelos escuros, desejando que o mesmo voltasse para casa, ele precisava dele.

Então mais uma vez, se permitiu sonhar, se pudesse fazer um desejo naquele dia, desejaria mais uma vez ter seu amor ao seu lado, como sempre deveria ter sido.

“Tem sido dias longos sem você”

Aquela frase salva no celular como um mantra, mas sem efeito nenhum.

Catnap acreditava que um amor o esperava, talvez uma alma gêmea. Estava louco por algo do qual não se lembrava, porque querendo ou não, ele amava até o infinito, o calor daquelas mãos quentes em sua cintura, mesmo que fosse tudo do seu subconsciente.

Todos seus amigos perguntavam se estava tudo bem, o mesmo sempre respondia a mesma coisa. Então veja em seus olhos, tudo o que sonhou foi falso, porque no fim ele era um péssimo mentiroso.