Capítulo treze

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Enzo Martin
7:00 P.M

— O QUE ACONTECEU?! — Minha tia, Charlotte, chega.

— ELA ESTAVA CHORANDO E SIMPLESMENTE DESMAIOU! — Meu tio diz, visivelmente desesperado.

— Senhora, quer que eu chame uma ambulância? Ela parecia ansiosa e abalada desde que chegaram. — A recepcionista sugere.

— Por favor! Chame uma ambulância! — Digo para a recepcionista.

Pego Camille no colo estilo noiva e vou para fora do hospital veterinário.

— Vamos lá, Camille. Acorda. — Dou leves tapinhas em seu rosto, torcendo para que ela acorde.

Logo escutamos uma sirene e então a ambulância chega.

— Precisamos de alguém para acompanhá-la! — A socorrista diz.

— Eu vou! — Meu tio logo se oferece.

— Não, tio. O gato também é de vocês, deixa que eu vou. — Sem deixar que eles respondessem, entro na ambulância e então vamos direto para o hospital.

— Qual o nome e a idade dela? — Um dos socorristas pergunta.

— Camille Beaurepaire. Dezessete anos. —

— Okay. Ela passou por algum trauma recente? — O mesmo cara pergunta.

— Sim, muito recente. Um dos gatos dela foi morto e o outro foi quase. Por isso estávamos no hospital veterinário.

— Espera, você disse que FOI morto? — A socorrista pergunta.

— Disse.

— Vocês tem que ligar para a polícia o quanto antes. — O motorista da ambulância diz.

— A polícia já está cuidando disso, muito obrigado. — Digo, agora focando minha atenção em Camille.

— Bom, pelo o que eu vi, ela sofreu uma queda de pressão por estar passando por um estado de estresse pós-traumático. — A mulher diz.

— Quando ela irá acordar? — Pergunto, apreensivo.

— Faremos o possível para que ela acorde o quanto antes. Colocaremos ela no soro e se foi mesmo apenas uma queda de pressão, ela irá acordar em mais ou menos quinze minutos. — O socorrista me tranquiliza com um sorriso acolhedor no rosto.

Quebra de tempo

《★°▪︎》

Camille Beaurepaire
7:47 P.M

Acordo com minha garganta seca e a cabeça latejando. Olho ao redor e vejo que estou em um quarto de hospital.

Enzo está ao meu lado, e assim que vê que eu acordei, pula da cadeira.

— CAMILLE! Você está melhor? Está se sentindo bem? Quer beber água? Quer comer alguma coisa? — Me lembro do que aconteceu antes de eu apagar.

— Max. Eu quero ver o Max. Vamos voltar! Eu preciso ver o Max agora! — Digo, com os olhos marejados, tentando me soltar daquela agulha que pinicava minha pele.

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