🐾Capítulo 5🐾

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- Little Angel

Ele caminhou rumo a porta, arregalei as íris surpresa e  desmanchei o sorriso morosamente, observo-o virar o corpo, como também esboçar um genuíno sorriso antes de destrancar a porta, mas a característica mais marcante, foram os seus intensos e atraentes olhos acastanhados.

Expressando a tranquilidade que transmitiam no momento.

 
- Vejo você na sala de treino... anjinho! – Falou calmo, se retirando do cômodo.

Suspirei fundo depois que ele fechou a porta, desvio o olhar para um lugar qualquer do quarto e penso com tristeza quando ele perceberá que o que sinto é além de uma amizade, por que tem que ser tão difícil?

Quebra de tempo.  – Sala de Treino.

 
Ele sempre conseguia prender minha atenção, suas íris castanhas e intensas transmitiam calmaria durante a ocasião, mas a característica mais marcante era o seu charmoso e audacioso sorriso ao canto dos lábios.

 
Espera, o que eu estou dizendo?!!

 
Arregalei os olhos apavorada com os meus pensamentos, como também comecei a discordar com a cabeça apressadamente, eu realmente precisava afastar aqueles sentimentos esquisitos, respiro fundo, ajusto o equipamento de escalada ao meu corpo e ouso minha primeira tentativa, talvez, se eu me distrair, esqueceria a existência dele e dos demais motivos que o fazia ser único.

- Bom dia, Anjinho!  - Saudou calmamente.

Murmurei seu nome espantada, observo-o sobre o ombro e ele demonstra um genuíno sorriso ao canto da boca, suspiro fundo, evitando me desconcentrar com sua presença, porém, assim que ergui meu braço para continuar a escalada, meus dedos deslizam, como também me desequilibrei, arregalei os olhos e soltei um estridente grito ao ficar de  ponta cabeça, percebo ele se assustar, como também adiantar os passos na tentativa de me resgatar, olho para baixo e engoli em seco ao ver a altura que me encontrava, maravilha.

 
Por que essas coisas só ocorrem comigo? Acredito que seja carma, movimento os olhos para o lado quando o localizo se aproximar, as expressões preocupadas e ao mesmo tempo assustadas devido a ocasião, ele ergue a mão, assim como ordena que eu a segure, estico o braço com dificuldade e depois dele conseguir me agarrar o equipamento se desprende bruscamente, colidindo logo em seguida aos colchões, esbugalhamos os olhos e ele direcionou o rosto ao meu encontro morosamente para exibir um sorriso.

- Você está bem? – Perguntou calmamente, mas continuei quieta.

Nossos corpos estavam extremamente próximos um do outro, começamos a trocar olhares em meio aquele silêncio e sentia os batimentos do meu coração acelerarem, por que ele fazia isso comigo? Era de fato uma tortura para mim tê-lo por perto, quanto mais ousava me afastar, sempre havia algum motivo para nos aproximarmos, eu só queria parar de ficar nervosa, desconcertada e pensando nele, por que o destino tem que ser tão cruel comigo nesse ponto?

 
Ele movimenta os lábios suavemente, ergue uma sobrancelha e lança-me um olhar interrogativo em meio a confusão, naquele momento, o policial desejava escutar minha voz, como também minhas respostas, mas continuei quieta, observando-o calmamente agir naturalmente, eu gostava das preocupações dele, além de fofo, considerava como um refúgio, ele sempre buscava me fazer sentir bem, talvez fosse isso que o tornava especial para mim, esse seu jeito único e espontâneo de agir em situações arriscadas.

 
Eu sou uma tola...!

Somos apenas amigos, é óbvio que não daria certo, além de sermos diferentes demais, ele possuía uma reputação a ser zelada, se de repente o vissem namorando comigo, ou alguém que não encaixava aos padrões, ocorriam críticas, olhares tortos, ou quem sabe, agiriam da pior maneira pelo simples e valioso fato de ter se apaixonado por alguém.

Nossa Infância até a Adolescência.Where stories live. Discover now