Não demorou para o celular de Pedro começar a tocar, uma voz cansada o cumprimentou do outro lado, a vontade de estar escutando essa voz ao vivo inundou os pensamentos, mas seguir por esse lado era perigoso até demais.
— O que você fez hoje? — Pedro perguntou enquanto acendia a luminária.
— Revisei as malas, brinquei com os gatos, ah! e eu cozinhei aquela sua receita de macarrão, não ficou tão bom quanto o seu mas acho que tô chegando lá.
— E quando vai cozinhar pra mim? Sou sempre eu o chef nos nossos encontros.
— Ei! Eu já fiz panquecas para você, seu ridículo.
— E eu já fiz macarrão, nhoque, hambúrguer vegano. Você precisa equilibrar as coisas, meu bem.
E quando João ficou alguns segundos sem responder nada, Pedro sabia exatamente o que estava acontecendo. Tófani lembra do exato dia que notou que apelidos carinhosos deixam o cantor sem jeito, foi em uma madrugada de composições, o diretor tem o costume de chamar todas as pessoas a sua volta de 'meu bem', nunca dentro do ambiente profissional, mas ele estava tão confortável com João que ao pedir para o loiro pegar um copo de café para ele, acabou deixando o apelido escapar, na hora que olhou para Romania suas bochechas estavam coradas e um pequeno sorriso brincava em seus lábios.
Pedro havia achado aquilo adorável, mas guardou o apelido para quando quisesse pegar João desprevenido novamente, como nesse momento.— Eu vou tentar!
— Demorou muito para responder, você gosta quando eu te chamo de bem então?
— Claro que não.
— Eu sinto o sorriso na sua voz, João Vitor.
— Você é cruel, Pedro Tófani.
— E você me adora, meu bem. — O silêncio tomou conta novamente e Pedro começou a rir.— Por favor, me diga que você está corando.
— Você é ridículo, não quero falar com você nunca mais.
— Ah meu benzinho, meu lindo, o que mais você gosta?
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FanfictionPedro Tófani, um diretor famoso, que se aposentou para cuidar da sua filha, recebe uma proposta de emprego do cantor do momento, Jão, um álbum visual dirigido inteiramente por ele.