CAPÍTULO 24- A OFERTA

64 14 3
                                    




Ed e Max agora sabiam que ambos estavam com localizadores dentro do corpo e, por isso, fugir dali  realmente seria impossível. Enquanto aquilo estivesse dentro de seus corpos, Joana Medeiros poderia encontrá-los, fossem pra onde fossem. 

Estavam revoltados por se sentirem como  gado marcado indicando que agora praticamente pertenciam àquela mulher!

Havia, porém, um lado positivo eles saberem que tinham sido encontrados porque Max tinha um chip implantado em seu corpo. Eles agora  não sofriam com o remorso por não terem se controlado naquele primeiro momento em que se abraçaram e ficaram ali, num canto escuro do prédio, apenas sentindo o corpo um do outro, ao invés de fugirem imediatamente. 

Estavam numa sala ampla e com poucos móveis. Em cima da mesa havia uma bandeja com copos, sucos, comidas variadas. Dois homens os vigiavam dentro da sala e eles tinham a certeza de que também havia outros do lado de fora.

Concordaram que o melhor seria se comunicarem apenas mentalmente e as mensagens entre eles fluíam numa velocidade  espantosa até para os dois! 

_Então tem câmeras em todos os lugares? _ Ed queria apenas confirmar.

_Pode ter certeza que sim, meu amor. _ Max estava desanimado. _ Você sabe que eu não consigo me perdoar por ter te colocado nesta situação.

_E você sabe que eu nunca te perdoaria, se você  não tivesse me colocado nesta situação, aqui, agora, ao seu lado, neste exato momento. _Ed esclareceu.

_Eu sei, lindo  e é isso que mais me dói. _Max tentou não demonstrar o que sentia diante dos olhares atentos dos dois vigias. 

Aquele desconforto do namorado revoltou mais ainda Ed:

_E se já tem um chip localizador  dentro de nós e eles já têm todas estas câmeras,  pra que ainda colocaram estes dois palhaços nos encarando feio  sem ao menos piscar?

_Talvez estejam tentando ler as nossas mentes, pra descobrirem como é possível dois homens se amarem tanto!  _Max tentou aliviar a situação, mesmo sabendo que aquilo seria impossível. 

_Ou tenham medo de  que a gente resolva se matar, como fizeram Romeu e Julieta. _Ed seguiu o exemplo do namorado. _ Ou mesmo tenham medo de  que a gente faça amor selvagem aqui mesmo neste chão!

_Até que não seria má ideia, porque sinto tanto tesão por você que não duvido que abalaríamos as estruturas deste lugar! _Max suspirou sem se conter. 

_Concordo com você, minha vida! Não vejo a hora de podermos novamente nos amar em nossa cama...encharcando os nossos lençóis!  _Ed também suspirou sem se conter. 

_Em nosso quarto... Na nossa casa... _Max revirou os olhos. _ Sinto tantas saudades do nosso cantinho que chega a doer! 

_Eu sei, amor...eu sei... _ Ed se controlou para não correr até Max a fim de se abraçarem e se consolarem mais de perto. 

_Fico pensando o que teria acontecido se não tivéssemos feito o nosso pacto de  não tirar a própria vida, caso o outro morresse primeiro. _Max lembrou.

_Confesso que foi por pouco! _Ed confessou. _Vontade não me faltou!

_Tenha a certeza de que realmente foi por pouco. _Max sentiu uma dor no peito só em pensar naquilo. 

_Everaldo foi um bom amigo. _ Ed resolveu mudar de assunto. _Não sei se teria suportado, se ele não estivesse lá ao meu lado!

_Realmente, pelo que você me contou, ele  não te deixou na mão e te deu a maior força quando você pensava que eu não estava mais aqui. _Max se emocionou novamente. _Devemos as nossas vidas a ele!

O FUTURO A DEUS PERTENCE-Armando Scoth Lee-romance gayWhere stories live. Discover now