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Avisos: Violência e sangue

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Avisos: Violência e sangue.

A visita ao pai deixou Avani insegura sobre seu relacionamento com Tom. Será que o que ela estava fazendo era muito ruim? Ela não tinha problemas para mentir, mas quando se tratava de seu pai, ela tentava ser apenas honesta. Enganar seu pai deixava um mal-estar perpétuo em suas entranhas. E o fato de ele gostar de Tom piorava as coisas.

Tom não parecia ter sido muito afetado por essa situação. Não se sentia culpado por estar dormindo com a filha de um homem com quem havia compartilhado uma bebida e um cigarro. E isso irritou Avani. O respeito de Tom pelo pai dela era superficial, ou ele não a teria tocado novamente. Mas, aparentemente, Tom não respeitava ninguém além de si mesmo. Ele se considerava um deus, afinal de contas.

Avani havia prometido a si mesma que tentaria se preocupar com suas escapadas com Tom. Mas ele murmurava palavras tão blasfemas em seus ouvidos e a tocava tão lindamente que ela sempre se via voltando às escondidas para os aposentos dele.

E lá ele sussurrava desculpas, tão descaradamente falsas que até as estrelas suspiravam quando Avani acreditava nelas. Ele a tinha em sua mão e, a cada vez que lutavam, um dedo se fechava. E não demoraria muito para que ela ficasse presa em seu punho.

Então ele a olhava através das dobras da mão e perguntava: você ainda acha meu status sanguíneo engraçado, Avani?

Tom estava alimentando-a com veneno disfarçado de néctar sacarino. E embora ela soubesse que o sabor era muito meloso... uma mera farsa, ela o beberia até apodrecer suas entranhas. Porque, se o veneno era alguma coisa, era viciante. E Avani era sua devota convicta.

E, sentada em sua sala de aula, ela não podia deixar de olhar para os homens que a estavam corrompendo.

— Está ouvindo? — disse Circe.

Avani estremeceu, seu cotovelo escorregou da borda da mesa. Tom escondeu um sorriso com uma tosse.

— Uh, o quê? — perguntou Avani.

— Eu perguntei se você tinha feito sua lição de casa.

Avani olhou para a amiga por um longo tempo, sua mente não estava funcionando totalmente para captar as palavras.

— Oh, lição de casa? — Avani disse quando sua cabeça nublada finalmente se libertou das nuvens de devaneios sacrílegos. — O que tem?

— Você fez?

Avani assentiu com a cabeça. — Claro, por quê?

— Poderia me emprestar para copiar?

Avani não gostava de ceder suas coisas para as pessoas, mas se sentiria péssima por dizer não a Circe. Elas eram boas amigas.

Avani pegou seu rolo de pergaminho, entregando-o a ela.

Um peso pesado empurrou as costas de Avani, fazendo-a cair para frente, e ela colocou as palmas das mãos sobre a mesa para evitar rachar o crânio.

𝖒𝖔𝖔𝖓𝖑𝖎𝖌𝖍𝖙 {𝖕𝖗𝖔𝖋𝖊𝖘𝖘𝖔𝖗 𝖙𝖔𝖒 𝖗𝖎𝖉𝖉𝖑𝖊}Where stories live. Discover now