Capítulo 1 - Lembranças Marcadas

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O clima de hoje está agradável, hoje esfriou bastante, diferente de ontem em que eu vestia um vestido curto, hoje estou com um casaco grosso e uma calça aveludada, ambas da cor preta, óbvio. O frio da Europa não é para amadores, o clima simplesmente mudou drasticamente de um dia para o outro.

Eu não queria ter vindo hoje, mas a Chani insistiu tanto que não consegui dizer não. É uma raridade ela se entusiasmar por uma festa universitária, o que só aumentou minha suspeita de que havia algo – ou alguém – específico motivando seu interesse. Não demorou muito para que minhas suspeitas fossem confirmadas: ali estava ela, praticamente fundida em um beijo interminável com um de seus romances passageiros.

Eu não estou incomodada com isso, nem um pouco. Eu e Chani somos como carne e unha, é uma amizade de longos anos e eu já estou acostumada com o jeito dela, sinceramente ela consegue ser mais esquisita do que eu.

Mas não vou mentir que preferia ter ficado em casa, ainda estou sentindo as dores da noite passada, um delicioso lembrete para ser sincera. Minhas bochechas coram e um sorriso bobo se faz em meus lábios.

Foi a noite mais louca da minha vida, dormi por apenas duas horas e acordei sozinha na cama do hotel.

Me lembro da conversa por chamada de voz que tive com a Chani assim que cheguei em casa:

— Selina?! Isso é hora de ligar?! — Ela diz assim que atende o telefone com a voz sonolenta. Ainda eram seis horas da manhã.

— Desculpa, Chani, posso ligar mais tarde. — Respondo. Confesso que liguei para ela num gesto impulsivo, eu ainda estava muito eufórica, e precisava muito desabafar com alguém que só poderia ser ela.

— Não mesmo. Ontem à noite você mandou mensagem dizendo que conheceu um cara, estou doida pra saber como foi a sua noite. — Sua voz se desperta aos poucos, demonstrando um interesse genuíno

Ontem à noite antes de entrar no carro enviei uma mensagem pra Chani, ela ficou eufórica quando disse que iria passar a noite com alguém, já que não sou o tipo de pessoa que costuma cometer loucuras.

— Eu estou toda marcada. — Murmurei enquanto examino meu corpo diante do espelho.

— O quê?! Ele te bateu? Como assim? — Sua voz era de indignação.

Rindo, eu a acalmo

— Não! Ele... — Fixo nas marcas avermelhadas e mordo o lábio inferior quando as lembranças ainda vívidas de cada detalhe surgem na minha mente. — Ele tem uma pegada... forte.

— Bah! Você é maluca! — Ela ri.

— Talvez eu seja mesmo! — rebato, rindo junto com ela.

— Bem que dizem que a melhor forma de curar um coração partido é uma boa noite selvagem, e pelo visto, você teve a noite inteira.

E ela tem razão. Em todo o tempo que aquele homem adorou meu corpo — Porque sim, ele adorou e venerou o tempo todo antes de quase me matar de prazer com sua boca suja e mãos firmes, nem lembrei que estava chateada.

Era como se eu estivesse anestesiada e tudo o que eu via era aquele homem alto com um corpo de um deus grego me fodendo de todas as formas possíveis, foi tão intenso, tão... único.

Olho para o meu pescoço, seios, barriga, coxas, pulsos e sinto meu rosto corar inesperadamente. Não por me sentir envergonhada, mas porque experimentei algo que nunca tinha feito antes, e gostei. Gostei muito.

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