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• "Mãe" • Luiza Louise Gavira. •eu-lele23 ---- • Não sei muito sobre "mal-trato infantil", e eu pesquisei para saber mais, mas pode não ter ficado legal.
• Não coloquei que ela sofria agressão, pois não gosto de escrever sobre essas coisas.
• Tentei deixar o mais "leve" possível.
• Me desculpa pela demora. _________________________________________
- Mãe, minha amiga me chamou para ir na casa dela. - Irei perguntar, mesmo já sabendo a resposta. - Eu posso ir? Vou voltar cedo.
- Você já arrumou a casa, Luiza?- Mike, o novo namorado da minha mãe, pergunta para mim.
- Eu estou falando com a minha mãe, Mike. - Digo e vejo o semblante do mesmo fechar. - Posso?
- O Mike está certo, Luiza. Você já arrumou a casa? Pois essa casa está imunda.
- Já arrumei os banheiros, quartos, lavanderia e o quintal. - Digo tudo que era a minha parte que eu tinha que arrumar. - Então, eu posso, né?
- E a cozinha? - Minha mãe pergunta.
- Eu esqueci. - Digo suspirando, pois essa parte nem era minha.
- Você que tá irritada? Eu trabalhei o dia inteiro, fiz a comida, cuidei de você, mas é você que era irritada, né. Que engraçado. - Minha mãe diz, porque eu só suspirei. Desisto de ir na minha amiga, não vai dar mesmo.
- Tá bom. Vou ficar em casa mesmo e vou arrumar a cozinha- Digo e viro para ir ao meu quarto.
[...]
- Mãe, a senhora está aí? - Digo batendo na porta do quarto da mesma. Escuto um "entra", mas em uma voz masculina
- Deixa, eu vou falar depois. - Digo, mas escuto um "entra", novamente.
- O que você quer? - Mike pergunta assim que eu entro no quarto.
- Nada, só ia dizer que meu pai me chamou para tomar um sorvete e eu já estou indo. - Digo e o mesmo não fica nada feliz com o que eu disse. Ela não gosta do meu pai, desde quando conheceu ele, por ciúmes da minha mãe.
- Quem deixou você ir? Sua mãe, é? - Ele pergunta com os braços cruzados.
- Não, eu só vim avisar. Ele é meu pai, não precisa pedir permissão.
- Sua mãe não vai gostar nada de saber disso, Luiza. Fica em casa, é melhor.
- Minha mãe nem liga, Mike. Você é o único incomodado. - Digo e vejo ele fazer o que mais faz: Ficar irritado. - Vou indo.
Saio do quarto e fico surpresa por ela não ter reclamado mais. ________________________________________
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• Pablo Martíns Paéz Gavira. ______________________________
- Nossa, mas isso é horrível, Filha. - Digo rindo, assim que Luiza misturou batata palha no sorvete de bombom. Sim, ela me fez comprar batata palha só para isso.
- É muito bom. - Ela diz dando um colherada. - Experimenta, pai.
- Ótima oferta, mas vou ter que recusar, infelizmente. - Luiza começa a rir, me fazendo rir também.
- Mas é sério, é muit... - Luiza é interrompida pelo seus celular tocando. A mesma pega para ver quem é, e solta um suspiro.
- Quem é? - Pergunta, pois a cara dela não era das melhores.
- Mamãe. - Ela diz e eu fico confuso. - Perai. - Ela diz e atende o celular.
Ela mal atende a ligação e já o afasta da orelha, como se tivesse alguém gritando, mas eu não escuto nada.
- Mãe... - Ela diz e dá uma pausa. - Eu estou no shopping com o meu pai, tomando sorvete. - Ela dá mais um pausa. - Mas eu avisei ele. - Mais uma. - Nossa... - Ela diz e vejo os olhos dela cheios de água, e fico preocupado. - Tá bom. - Puxo o celular da mesma, que fica confusa.
- O que foi, Marisa? - Espero Marisa para de falar, ou melhor, gritar. - Não, ela não vai voltar agora, ela está comigo e eu a levo para casa depois.... Não me interessa o que ele quer, Marisa, foda-se... Ela vai dormir lá em casa, adeus!
Desliga a ligação e devolvo o celular.
- Ela é assim sempre, Luiza? - Pergunto e a mesma concorda com a cabeça. - Por que não me disse, filha? Eu poderia resolver isso.
- Não queria incomodar, pois eu já estou acostumada. - Ela diz e eu fico indignada com isso.
- Como assim "acostumada"? Você estava quase chorando ai.
- Foi só algumas coisas que ela disse, mas não era nada de mais. - Ela diz olhando para baixo.
- Vamos para casa e conversámos lá, é melhor. - Digo e fomos para o carro.
[...]
- Pode me falar o que tá acontecendo, filha? - Digo um tempinho depois que chegamos em casa.
- Desde de que ela começou a namorar o Mike, ela tá muito estranha comigo.
- Tipo? - Pergunta para ela prosseguir.
- Tipo, eu não posso mais ir na casa das minhas amigas, ela fica brava comigo por tudo, ela não gosta que eu fique perto do Mike, por ciúmes. E também tem o Mike, que sabe que tudo que ele quer a minha mãe vai fazer, e ela se aproveita disse. Ele fica mandando eu fazer tudo, tudo mesmo, desde comida á massagens no pé dele, e isso nem é o pior, pai.
- me desculpa não ter percebido isso antes, mas pode ter certeza que isso nunca mais vai acontecer, ok? - Ela concorda com a cabeça. - Você devia ter me contado, Luiza, isso poderia ter sido resolvido bem antes. - Digo e ela sussurra um "desculpa". - Tudo bem, filha. Vou resolver isso o mais rápido possível. - Abraço a mesma, enquanto ela me conta algumas outras coisas que estava acontecendo.
Assim que a mesma dorme, eu ligo para o meu advogado para tentar pegar a guarda da mesma, e denunciar a mãe e o "padrasto" dela. _________________________________________
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