Imprinting_Tanya Denali

Resolução.

Encarei as três damas em minha frente, buscando paciência mentalmente para isso, minha loba uivava, desejando matar quem havia interrompido seu acasalamento, estava irritada ao último. Estava no terceiro ou quarto copo de Whisky, enquanto caminhava de um lado para o outro, buscando um motivo para não matar as irmãs de Tanya.

- Poderiam responder-me, por gentileza!?

- Vim ver se ela estava bem! Não confio em minha irmã com gente como você! Lobos nojentos!

Guspiu Irina, encarando-me raivosa, encarei Kate, arqueando uma sombrancelha.

- Vim dar em cima de você!

Tanya rosnou para Katrina, sorri enquanto revirava meus olhos.

- Ok, ok! Estou aqui para ver o que você gostaria de comer no jantar, Cármen pediu para que eu fizesse compras, porém, não sabia o que comprar! Então, senti o seu cheiro no quarto e resolvi entrar, quando senti o de Irina ao lado de fora!

Bufei, apertando meu nariz, fechando os olhos, suspirei. Precisava ficar em silêncio, ou ouvir uma música no último, realmente, precisava ficar sozinha.

- Carnes. Filé, picanha, comida italiana, massas, pizzas, molhos e queijo. Qualquer coisa assim!

- Obrigada! Vou indo... E você vem junto!

Kate arrastou Irina pelo braço, para fora do quarto, tranquei a porta assim que as duas saíram, transformei-me em loba, após tirar o roupão, caminhando de volta ao centro do quarto. Tanya estava sentada na cama, com a cabeça em meio os joelhos, suspirando pesadamente. Saltei cama a cima, voltando a forma humana, meu corpo doía referente as mudanças bruscas, porém, não poderia evitá-las agora.

- Eu gostaria de convidá-la a passar alguns dias comigo, em Paris, tenho um apartamento lá.

- Como assim?

- Desde que cheguei aqui, não consigo ter mais que 15 minutos a sós com você, não posso conhecê-la, muito menos cortejá-la.

- Tenho duas irmãs intrometidas, devo admitir.

- Sim, a srta tem. Entretanto, quero que acompanhe-me.

- O que faremos em Paris?

- O que você desejar.

Ela levantou a cabeça, sorrindo para mim, seus olhos passaram pelo meu corpo, as cicatrizes estavam a mostra, porém, não havia repulsa, entretanto, havia somente desejo... Ela queria tocar-me. Segurei sua mão a minha, trazendo-a para a cicatriz que ela queria, acima de meus ombros, quase na minha clavícula. Suspirei, ela precisava saber algumas coisas sobre mim. Levantei-me da cama, abaixando meus braços, deixando meu corpo livre para que Tanya pudesse ver o estrago feito.

Suspirei. Observando-a analisar cada parte das cicatrizes, fechei meus olhos sentindo o toque de suas mãos frias, passando entre as cicatrizes subsequentes das garras, que cresceram comigo, conforme eu mesma cresci, as marcas vinham da virilha até a parte se trás de meu ombro, passando por cima dos meus seios, depois senti seus dedos passando entre a mordida em meu outro ombro, ali as cicatrizes das presas, formavam um breve vácuo em minha pele, já nas minhas costas, haviam mais um conjunto de cinco garras, não eram tão profundas, mas ainda estavam ali. Seus olhos seguiam para as cicatrizes em minhas pernas, que seguiam das coxas para baixo, começando em uma das pernas e seguindo em direção a outra, enquanto a outra, somente em minha canela, tirando os arranhões perdidos ao corpo, como em meus braços e costelas. Agradecia mentalmente, por metamorfos não terem pelos em nem uma parte do corpo, a não ser o próprio cabelo.

- Aos 6 anos, estudava na escola da reserva, um lobo jovem, perdeu o controle e atacou Leah, empurrei-a para o lado e recebi o ataque em seu lugar. Aos 16 anos. Meu corpo começou a mudar, cerca de três meses antes, tive um crescimento de 10 cm de altura e criei massa muscular, de forma espontânea, tive aumento de apetite e meus nervos ficaram a flor da pele, no mesmo dia do meu aniversário de 16, irritei-me com algumas coisas no decorrer da festa, até que explodi no final da mesma e saí respirar um pouco de ar fresco nos fundos e acabei transformando-me, meu corpo parecia queimar, todos meus ossos quebraram e modificaram-se. Acordei dois dias depois, em meio a floresta, sem saber exatamente o que havia acontecido comigo, fui aprendendo a transformar-me e controlar-me com o tempo.