Pensamentos de Divã

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Aqueles olhos

De caleidoscópio

Vasculham a sala,

Sua hospedeira isolada.


Emprega as mãos

Em atividades vãs

Pensamentos de pagã

Tão sufocados, tão sufocados

Pelo divã.


Não quer dizer nada

Pois está protegida

Das intrigas da rotina

E segue cada passo falso

No seu modo de vida.


Decepcionada dos amigos

Desapontada dos desejos

Nascimento indesejado

Não tem mais anseios de amor

No coração calado.


Para quê esperança

Quando se sonha?

Sua vida sempre foi

Um sonho sem fim

Uma bela arte

E dela foste sua mártir.

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