Deja vu

11 1 10
                                    


Socorro enrolei pra postar 😭😭😭



O vôo foi cancelado naquela tarde. Para melhor conforto, pegariam o voo de 23h e só chegariam no dia seguinte, dia do baile. No entanto, não reclamaram com isso. Quando deu 23h Vanessa e Yan encontravam-se em seus assentos na primeira classe, preparados para pegar voo até São Paulo. Vanessa parecia mais animada que o normal, afinal, voltaria para o Brasil após passar 1 mês fora. Mesmo que já enjoasse da cidade, era sua terra natal, a qual fizera muitos amigos nesses últimos tempos.


Yan, por sua vez, permanecia neutro. Não demonstrava sentir-se animado ou triste pela partida, mas apenas lia uma revista enquanto o avião começava a subir.


Depois de horas, chegaram ao Brasil às 10h da manhã. Lá, em São Paulo, pegaram suas malas e aguardaram pelo secretário de Yan, que providenciara transporte para o hotel. No aeroporto, o secretário apareceu para prestar os devidos cumprimentos aos chefes. Foi a primeira vez que Vanessa o viu, mas percebeu que era um homem lindo, também fora do normal. Um sentimento de nostalgia a cercou.


O homem tinha uma pele parda, cabelos curtos, bem aparados, lisos e castanhos, olhos em sua tonalidade castanho-claro e uma constituição física que, julgou Vanessa, só podia ser de uma pessoa fissurada por academia: músculos bem aparentes em membros superiores e inferiores. Aliás, era até mais alto que Yan.


Vanessa se perguntou se ser secretário era realmente a verdadeira profissão desse homem.


_ Diga-me, Allan, muitas demandas para hoje? _ perguntou Yan.


_ Não. Apenas leva-los ao hotel. Fica perto do aeroporto, não se preocupem com trânsito e horários para o baile. _ Respondeu, em entonação aguda.


Aquele homem parecia brasileiro, mas, mesmo ao conversar com Yan sobre outras coisas, seu alemão era impecável. Parecia um homem muito mais capaz do que aparentava ser, um secretário mais misterioso do que transpassava. Mas, Vanessa ignorou esse fato.


Esperaram pelo carro. Chegou dois ao mesmo tempo, dois porches pretos, aguardando pelos líderes internacionais que entrariam. Allan achou estranho, mas guiou os dois ao primeiro carro, convicto de que seria aquele. Yan abriu a porta traseira, mas, antes de entrar, foi barrado por outra pessoa, secretário talvez. Olhou bem para o homem que o impediu e percebeu que suas feições eram tão assustadoras quanto criminosos e mafiosos.


_ Perdoe-me, senhor. Carro destinado ao nosso chefe, Charles. _ Disse aquele homem, com feições assustadoras e uma cicatriz no olho. Seu inglês era impecável. Decerto, nativo.


_ John! _ Chamou outro homem atrás_ Está criando confusão, insolente?


_ Não, meu senhor.


Quando Charles Morgan apareceu, Vanessa fez menção de revirar os olhos. Lembrou-se dele no baile, e, ao ouvirem falar tão bem inglês, logo adivinhou que seria o chato homem que conversara com ela, tentando diminuir seus méritos. Não gostou de sua primeira impressão. Embora fosse um homem bem instruído e tão bem sucedido no mundo, era apenas um babaca na visão de Vanessa.

O Rei TiranoOnde histórias criam vida. Descubra agora