Pessoas ➕ 🔞
Bruce, um urso atrapalhado, sorridente, falador.. Coisas que os ursos pardos do seu bando não são, e esse foi um dos motivos de ter ido embora, não conseguia se encaixar naquele ambiente.
Bruce sempre sonhou em ter uma fêmea, tão boa...
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-- O que aconteceu? – Pergunto me aproximando conselheiro.
-- Um dos ursos foi encontrado morto. – Fala se levantando. – Ele foi encontrado na divisa entre o nosso território e a da cobra. – Informa.
Depois que o filhote chegou, minha fêmea pegou ele e começou a brincar com o mesmo, e fui tomar um banho, quando sai senti um cheiro de urso se aproximando, me troquei e desci para saber o que era, ele disse que o conselheiro estava me chamando.
-- Sabe que temos um pouco de problema com as cobras, não estou dizendo que foi eles, por que ainda tem esse assassino matando a solta, mas temos que ir até lá e investigar. Não podemos deixar nas mãos dos humanos, ainda, mas de uma fêmea que é do meio deles que veio aqui perguntando coisas absurdas. – Fala mas noto suas bochechas coras. – Minha esposa que saio com ela para responder o que ela queria. --
-- Vou ir agora mesmo. – Suspiro. – Mande todos ficar em suas casas por hoje. – Falo já saindo de perto.
-- Vai comandar para ficar, Bruce? – Pergunta de costas arrumando algo da mesa.
-- Não vou mais embora, vou ajudar o meu povo. Irei ficar, pai. – Digo e saio sem esperar a reação dele.
Sempre vi ele como pai, ele que me ensinou tudo. Mas nunca o chamei assim, até agora.
Vou na minha forma humana mesmo até a floresta, o território das cobras não fica longe daqui. A floresta é formada em cruz, cada um com o seu território, não entramos a não ser que somos convidados ou chamados.
Somos os em quatro dividindo a mesma área, as cobras, as aves, nós ursos e o do alfa Lion que é dos felinos, mas como ele aceita todas as raças, acabou que ela não é mais reconhecida tanto como a dos felinos. Assim que chego na divisão, me viro para o lado das cobras e vejo o quão silencioso esse lado é. Aqui é um pouco escuro e cheio de matacão, é nesses matos que eles se escondem.
Assim que me aproximo mais do território, sinto o cheiro de sangue, provável que deve ser do urso, mas tem outro cheiro junto.
-- O que você quer? – Me viro para a voz e vejo um homem alto, tatuado, olhos claros com a característica típica de cobra. Sua expressão é séria e fria. Ele me lembra um pouco o Snake.
-- Vim conversar sobre o que aconteceu próximo do nosso território. – Falo calmamente.
-- Cadê o alfa? – Pergunta com um tom agressivo. – Que eu saiba, ele que tem que vir aqui. –
-- Eu que sou o alfa. Aquele somente era o substituto. – Vamos assim dizer.
-- Fala logo o que você quer ouvir de mim, urso. – Seus olhos ganham outro tipo de tonalidade.
Acho que ele está ficando bravo mesmo. Ele tem um cheiro parecido com o do snake, mas ao mesmo tempo é diferente é mais forte, como se tivesse duas espécies dentro de si.
-- Um dos meus foi encontrado morto aqui, e.. –
-- Está achando que fomos nós? – Debocha. – Acha mesmo se fosse uma das minhas cobras, deixaríamos o corpo tão inteiro? Já viu cobra tirar sangue de alguém? Te garanto que não seria bonzinho como quem matou um dos seus. – Sinto sinceridade vindo dele. – Não me importo com vocês, e muito meno temos interesse. – Revira os olhos.
-- Não estou falando que foi vocês. –
-- Ótimo, então não temos nada do que conversar. – Fala já dando as costas.
-- Alfa? – Pergunto o nome dele.
-- Taipan. – Diz entre dentes.
-- Alfa taipan. Realmente não estou falando que foi vocês, não posso acusa-los sem prova alguma, mas precisamos nos unir para achar esse assassino que está matando o nosso.. –
-- Não quero saber. Ninguém da minha espécie morreu, ninguém invadiu o meu território. Não irei me juntar aos humanos! – Sinto ódio vindo dele.
Quando ia tentar convence-lo, sinto um cheiro e uma presença atrás de mim, quando me viro, vejo a humana que está cuidando dos corpos que são encontrados.
-- Ah, oi. Você deve ser o Bruce, né? – Pergunta sorridente.
-- Sim, eu mesmo. – Sorrio de lado.
-- Desculpe interromper vocês dois, é que eu vim pegar o sangue para analisar. – Se aproxima, mas seguro no braço dela quando taipan ameaça de avançar nela.
Meus instintos falam para manter ela longe, ele está emanando a intensão de matar. Sinto isso.
Ouço o barulho que aves fazem e assim que levanto um pouco a cabeça, vejo o galvan pousando. Ele fica na forma humana nu e noto a fêmea olhar ele de cima a baixo.
-- Caramba, urubu. Até que você é um partidão. Literalmente! – Sorri.
Ele revira os olhos e se aproxima de nos dois, parando ao lado dela e olha para a cobra que ainda emanava a vontade de atacar, ele parece não ligar para a presença da ave.
-- A humana precisa coletar o sangue no chão. – Galvan diz sério.
-- Se essa mulher se aproximar do meu território, será o meu jantar. – Seus olhos ficam em uma linha só, e seu corpo começa a aumentar.
Puta merda!
Da cintura para baixo, o corpo dele mudou e ficou de como uma cobra mesmo. Podemos fazer isso?
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