. . Inveja. Remorso. Ganância. Rancor.
À medida que se cultivam dentro da mente, essas emoções sombrias corroem a essência da alma.
Esforços são feitos consistentemente para controlá-los de forma eficaz; no entanto, muitas vezes a batalha contra ele...
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━━ 𝕮𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝕺𝐧𝐞 : Resurrection of the White Lamb
QUANDO ACORDEI, AINDA CONSEGUIA SENTIR MEUS PÉS ARDENDO DE TANTO CORRER.
Ao despertar, meus sentidos foram imediatamente recebidos pelo cheiro de terra úmida e mofo. O canto matinal melódico dos pássaros chegava aos meus ouvidos, apesar da escuridão que ainda envolvia o ambiente. Permaneci imóvel, meu corpo aparentemente congelado no tempo, como se estivesse imóvel há incontáveis séculos.
O que me trouxe a este local?...Quem exatamente sou eu?
Abri meus olhos com dificuldade, como se minhas pálpebras não se lembrassem de como elas deveriam funcionar. Eu estava num altar, e estilhaços de um vidro reluzente cor de âmbar cobriam a superfície de granito e chegavam até meus braços, que estavam delicadamente embrulhados em um tecido branco imaculado. Meu vestido favorito.
Espere...vestido favorito? Quando comecei a ter um vestido favorito?
Minha cabeça doía absurdamente. Parecia que havia tempos que não usava meu cérebro de forma correta.
A ideia de sair da minha posição atual não era atraente. A dor que percorria minhas articulações dava a impressão de que haviam sido dilaceradas.
Como me encontrei nesta situação degradante?
Reunindo toda a força que restava em meu corpo enfraquecido, me empurrei para longe do altar em que eu estava deitada. Agora sentada, pude avaliar cuidadosamente o que me rodeava com maior precisão.
A estrutura, predominantemente trabalhada em mármore, lembrava uma estufa ou cúpula, que poderia ser considerada exuberante se não fossem os vitrôs com seus vidros imundos e encardidos, a vegetação morta e as colônias dispersas de aranhas.
Enquanto tentava avançar, meu vestido se arrastava atrás de mim, roçando o chão. A cada passo vacilante, meus ossos emitiam uma cacofonia de sons triturados, enviando ondas de agonia pelo meu corpo. Minhas pernas debilitadas não aguentavam o fardo que era meu corpo, forçando-me a confiar em qualquer apoio disponível ao longo do caminho - fossem pilares robustos, vinhas emaranhadas ou arbustos densos de plantas já murchas pelo tempo.