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Sara Gouveia

5 de Maio, dia das mães. Tinha dois objetivos hoje acordar cedo para adiantar coisas para a escola e almoçar com a minha mãe. Assim como o Tiago.

De tarde, o meu irmão lá deu um jeito de me fazer ir com eles no autocarro da equipa, logo, vou ver o jogo a Famalicão.

Como os meus pais moram as uns minutos consideráveis de nós, eu e a minha mãe marcamos apenas um almoço, ela e os filhos.

- Bom dia! - saudei ao entrar na cozinha, onde o meu irmão estava a tomar o pequeno-almoço.

- Bom dia! - retribui. - Já estás acordada?

- Ya...tenho coisas para fazer da escola. - comecei. - Quero adianta-las já que de tarde não vou estar em casa. - expliquei

assentiu apenas e começamos ambos as tomar o pequeno almoço juntos, em uma conversa animada.

Ia ter treino de manhã e, depois de almoçar comigo e com nossa mãe, seguia viagem. Propôs-me, como ia ter que levar a tralha toda da escola e estudar na viagem, ir ao campus ver o treino enquanto fazia o que tinha a fazer lá, depois almoçávamos e ia com a equipa sucessivamente.

Concordei e não demorei em ir vestir-me. Pelos vistos, o meu plano de permanecer de pijama o máximo de tempo possível foi por água a baixo.

Vesti algo simples e confortável, mas, que também combinasse com a camisola da equipa encarnada que iria vestir mais tarde e fosse minimamente aceitável para o almoço.

Lavei os dentes, penteei o cabelo e peguei em tudo que estava em cima da minha secretaria, que ia precisar, e coloquei dentro da minha Longchamp.

Fui ter com o meu irmão que já estava á minha espera enquanto trocava mensagens com o Guilherme e com a Mariana pelo nosso grupo. Todos os dias falamos, nem que não seja de nós, mas conversa, há todo o dia.

...

- Mini Gouveia! - levantei o olhar do caderno onde escrevia, apoiado nas minha pernas, vendo quem já estava á espera, o António.

- Olá Tojo! - respondi, fechando o caderno e arrumado tudo na mala que trouxe o ver que o treino já tinha acabado.

Levantei-me e continuei na conversa com o António. Olhei de relance para trás do mesmo e vi o João vir na nossa direção. Merda!

Praticamente não nos falávamos desde o outro sábado. Apenas o básico e só quando nos encontramos por acaso, nada de mensagens, nem chamadas...

Não consegui esconder a minha cara. Misturava um pouco de surpresa, medo e, talvez mais do que tudo, nervosismo, e com isso o António seguiu o seu olhar pata onde o meu se direcionava.

- Ainda não se resolveram?! - olhou-me "chateado". - Eu realmente tinha que ligar os pontos, vocês andavam os dois tão tristes, é lógico que ainda estão chateados. - disse, mais para ele, do que para mim.

- Ninguém aqui está chateado! - rebati.

- Pois não. Só tu é que estás, porque não consegues assumir que tens ciúmes! - disse irónico.

RIVALS • João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora