capitulo 7

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Oi amores, voltei com mais um capítulo de farpas e avanços de pitanda.

Comentem e aproveitem o capítulo.

Cinco e quarenta e dois. Esse era o horário
que meu celular marcava quando pisei na
Starbucks, já de volta ao Rio de Janeiro.
Geralmente após as excursões, a turma era
levada até lá pra tomar um lanche e relaxar
um pouco após um dia de aprendizado fora
da escola. Meu momento de relaxar baseou-se em ficar sentada numa das mesas mais isoladas de todos, com um frapuccino que minha garganta não queria engolir entre meus dedos gelados e a cabeça pesada. Meu dia tinha sido um lixo, um dos piores da minha vida, sem dúvida.

Encarando a paisagem cinza e chuvosa que
havia do lado de fora pela janela de vidro
ao meu lado, eu brincava com o canudo do
milkshake praticamente intocado, sentindo
um mau humor gigante urrando dentro de
mim. Meu estômago demonstrava fome,
mas eu não tinha vontade nem capacidade
de comer ou beber alguma coisa. Com um
cotovelo apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão, enquanto a outra se distraía com copo, eu mantinha meu maxilar tenso,sem nem notar o ser que se aproximava devagar.

Vi alguém se sentar na cadeira à minha
frente, e sem nem precisar mover meus
globos oculares, reconheci a indivídua como sendo Fernanda Bande. Falta de sexo dava em perseguição desesperada, só podia ser. Sem dizer nada, ela ficou me encarando, com as mãos no colo e um sorrisinho insuportável. Incomodada com a presença dela, desviei meu olhar dos pingos de chuva que escorriam pelo vidro da janela até encontrar o dela.

- Perdeu alguma coisa? - resmunguei, sem
mexer mais nada além dos meus músculos
faciais. Fernanda continuou com seu
sorrisinho divertido antes de erguer uma de
suas mãos sobre a mesa, fechada num punho, e responder:

- Eu não, mas eu acho que você sim.

Franzi a testa, sem nem tentar entender, e ela abriu a mão, deixando uma coisa rosa clara pender de uma pequena corrente prateada entre seus dedos polegar e indicador unidos. O meu chaveiro.

Senti meus olhos se arregalarem e meu
queixo cair na hora em que vi a bailarina
balançando de leve bem na minha frente
Imediatamente, arranquei-a da mão dela,
segurando-a com firmeza enquanto a
observava por alguns segundos, e logo depois a coloquei dentro da bolsa

- Quer dizer que ela estava com você desde
o começo.- murmurei, morrendo de raiva,
quando voltei a encará-la. - Por que você não me devolveu assim que soube de quem era?

- Sua criatividade me comove, Marinho. - ela disse, rindo da minha cara. - Pra que eu
ia querer ficar com o seu chaveiro? Foi o
Boninho que o encontrou e só me deu agora, por isso eu vim devolver.

Continuei encarando-a, sem saber se
acreditava ou não. Preferi não ocupar minha mente com aquele assunto, já estava tudo resolvido, meu chaveiro estava comigo d novo e eu pouco me importava se ela estava dizendo a verdade ou não. Ela era uma imbecil de marca maior e estar sendo sincera não a faria menos desprezível.

- Obrigada, se era isso que você queria.- resmunguei, grossa, voltando a encarar a
paisagem lá fora. Que estado calamitoso eu
havia atingido, era capaz até de agradecê-la
pra vê-la longe de mim.

- Eu quero bem mais de você.- ouvi a
professora Bande murmurar, com os
olhos cravados em mim. - Sei que minha vez vai chegar, e tenho paciência pra esperar.

Sem dizer mais nada, ela se levantou e
voltou a se sentar em sua mesa junto com o
professor Boninho, finalmente me deixando
sozinha com meus pensamentos, e com um
ódio cada vez maior dela. Se antes daquela
excursão eu já estava decidida a contar tudo sobre a Bande pra Yasmin, agora eu não perderia a chance de fazê-lo o mais breve possÍvel.

My Biology - Adaptação PitandaWhere stories live. Discover now