capítulo dois

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CAPÍTULO DOIS

Eu nem sei como foi
Mas senti que era seu no momento em que me disse "oi"
vogais e consoantes, jorge e mateus

ᥫ᭡

travis kelce


Ela é mais bonita do que nas fotos.

O que, sinceramente, não é surpresa, mas mesmo assim o impacto de vê-la pela primeira vez é algo que vou guardar na memória. Sempre admirei Taylor de longe, pela mídia, pelas redes sociais, pelas histórias e músicas que minhas sobrinhas cantarolavam pela casa, mas principalmente, por Celine e Simon que falavam dela com admiração que transbordava e muito carinho.

Aprendi muitas coisas sobre Taylor ao longo dos anos, e sempre me perguntei quando conheceria a mulher incrível com quem divido uma responsabilidade maravilhosa que é Theo. E não é chocante que nunca tenhamos nos encontrado levando em consideração as rotinas puxadas e os Estados diferentes, mas nada me preparou para ver a dona de olhos tão brilhantes cuidando do meu afilhado com o mesmo amor que eu.

Consigo ver as engrenagens trabalhando em seu cérebro enquanto ela me olha, como se tentasse catalogar o máximo de informações possíveis sobre mim. Acho meio injusto, que eu esteja em uma posição onde sinto que a conheço mais do que ela me conhece, então, decido poupá-la do esforço e falo a primeira coisa que vem à minha mente.

— Minha cor favorita é vermelho — Os olhos dela se arregalam, como se estivesse surpresa por eu ter falado algo — Não é um grande mistério, realmente, já que é a cor do meu time.

— É óbvio, no mínimo — Ela dá uma risada nasalada, a surpresa nos seus olhos substituída por curiosidade — A minha também. Eu tenho um álbum chamado Red, sabia?

— Sabia — Se ela está surpresa agora, já não demonstra. Ao invés disso, seus lábios se curvam e ela toca sua bochecha suja, seu dedo mindinho saindo colorido de vermelho.

— Pelo visto temos algo em comum.

— Além do Theo.

Além do Theo — Ela repete, sorrindo — O que mais? — Taylor põe o dedo na boca pensativa — Se sua cerveja favorita for uma Budweiser gelada é mais um pra lista.

Ergo minha sobrancelha. Como ela sabe?

— Isso foi um convite? — Pergunto, e Taylor ri abertamente.

— Depende se você concorda.

— Caralho, é claro que eu concordo.

— Okay. Vamos — Ela diz, alegre, e marcha para dentro da sala.

Sigo Taylor enquanto ela desbrava o apartamento gigante, sendo até um pouco desconcertante ver ela tão à vontade na casa dos Aldrin. Mas penso que por outro lado, enquanto frequento pouco o duplex de Nova York, Taylor não deve frequentar muito o sobrado que eles mantêm em Kansas para quando Simon precisa estar perto de mim.

Paro ao lado dela quando ela abre a geladeira e tira duas long necks de lá, me entregando uma. Me sento na banqueta e tiro a tampa com a mão, antes de dar um gole, já Taylor se move pelo outro lado do balcão tirando um abridor e um papel toalha da gaveta. Ela se senta ao meu lado, e apoia a cerveja no balcão para usar o papel toalha para limpar seu rosto.

Abro a cerveja dela, enquanto ela se esforça para tirar a mancha vermelha, perdendo alguns pontos. Estendo minha mão, oferecendo ajuda, e ela me entrega o papel toalha sem hesitar. Mas percebo como ela prende a respiração quando me aproximo, e toco seu queixo levemente, o inclinando para o lado e expondo a pele suja de batom. Olho para o perfil de Taylor, seus cílios loiros, as bochechas rosadas e o lábio inferior que ela prende entre os dentes. Ela praticamente brilha mais de perto.

BEGIN AGAIN ✘ tayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora