Diário de uma jovem pensante

Memórias

As memórias não se foram com tempo.
Já se passaram anos
E elas continuam lá,
Claras e óbvias
Me atormentando todos os dias.

E quando eu me dei conta,
Eu havia me prendido
Com correntes e algemas increbáveis
Ao passado.

Minha vida virou de cabeça para baixo,
E eu não percebi quando isso aconteceu.
Quando me dei conta
Um nó insuportável se fez em minha garganta,
Ameaçando se desfazer a qualquer momento.

Por mais que eu tentei
Eu não conseguia esquecer
Aquelas memórias.

As vezes até me via rindo
Mesmo com a saudades
Apertando no peito.

Mas então, a realidade se faz presente
E eu percebo que você não está mais aqui,
Que você foi embora
E eu não pude nem dizer
Adeus.

Me pergunto se seria diferente
Se eu tivesse aproveitado melhor aquele dia,
Antes de você se for.

A amargura em meu peito,
De saber que não há nada que eu possa fazer
Para te ter de volta,
Me esmaga todos os dias.

Agora, só me resta as memórias
De um dia ter sido feliz contigo.