Souza Anatomy: Clínica Cachorrinhos Caramelo

26 - A amiga Camila

HEEEEEEEY

Eu tenho demorado um pouco mais pq minha vida está um CAOS HAHAHAHAHHAHAHAHA

Daqui a pouco se ajeita (espero "lágrimas")

Inclusive eu hoje não tinha tempo para estar aqui atualizando, porém eu queria colocar uma coisa feliz no mundo.

Boa leitura, beijinhos da Imbigo. 

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Faz uma semana desde o acidente com o Hortelã, nos primeiros dias todos nós passamos por momentos tensos devido seu estado delicado, mas felizmente a recuperação do cachorrinho se mostrou muito promissora, mesmo que ainda existam alguns riscos posso afirmar com uma porcentagem considerável de certeza que ele vai sobreviver.

Acontece que haverá sequelas.

- Mesmo se tentarmos colocar pinos pelos dois lados, nada garante que a coluna dele vai voltar a recuperar a sensibilidade, talvez apenas torne as coisas ainda mais desconfortáveis. – Teresa explica apontando com o dedo as imagens da tomografia na grande tela do computador em nosso consultório. Ao seu lado, Diana, uma especialista em ortopedia e traumatologia da clínica, balança a cabeça em concordância.

- Então ele perdeu mesmo o movimento das patas traseiras? – Camila pergunta com uma expressão séria, olhando de cenho franzido para a imagem mostrando as fraturas do pequeno cãozinho.

- Temo que sim, nosso foco agora é a recuperação e adaptação dele. – Diana confirma, me fazendo suspirar um pouco chateada, principalmente ao avistar a expressão descontente de Camila. Por mais que seja óbvio o fato de que a culpa não foi dela, parece que a trainee não consegue aceitar esse fato, toda a semana eu enxerguei essa sombra de culpa em sua expressão e saber que o cachorrinho vai carregar uma sequela para o resto da vida não ajuda em nada.

- Precisamos avisar a tutora.

Diante da constatação de Teresa eu enxergo Camila bufar e revirar os olhos.

- Ela nem mesmo ligou para saber se ele sobreviveu, parece que não está nem aí, a única preocupação que ela teve foi ter certeza de que não seria cobrada pelo tratamento, desde o dia que ele está internado nunca veio visitá-lo. – Seu tom é totalmente irritado e eu me sinto um pouco culpada por a achar tão atraente toda brava, definitivamente não é o momento ou a situação adequada para se perder em meio a esse tipo de pensamento, mas é quase inevitável, seu rosto perfeito em uma expressão tão fechada me deixa toda sem ar.

- Isso pode ser um problema dos grandes, mas vamos manter o tom pacífico, apenas tente entrar em contato com ela para que possamos conversar sobre o caso. – Teresa orienta e Camila mesmo a contra gosto balança a cabeça em concordância. – Bom, agora eu vou indo, qualquer emergência não me liguem. Você está liberada também, Diana.

Eu me despeço de Diana e sorrio ao ver a pressa de Teresa para arrumar as próprias coisas, ainda é cedo, três da tarde, mesmo assim nossa agenda do dia foi limpa porque Teresa precisava ir para casa mais cedo para receber a visita de Laerte que veio ao Rio resolver alguns problemas pessoais. Minhas sobrancelhas balançam na testa com descaramento e a minha chefe se agita com irritação me fazendo caretas.

- Cuide da sua vida, Lauren. – Ela cacareja e eu sorrio ainda mais largo.

- Mande um beijo para o Laerte, diga que estou com saudades.

- Não vou mandar coisa alguma, você tem um celular para isso.

- Ora Teresa, não seja tão ranzinza, eu sei que você vai adorar dar um beijinho nele por mim.