2 - Não quero fingir

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Bom dia ☀️
Capítulo 2 para vocês
Ótima leitura 📚

Já não souAquela que se apaixona tão fácil Meu amor se endureceuCom o tempo já cicatrizouJá não sou quem morre por vocêYo No Creo En Los Hombres - Diana Reyes

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Já não sou
Aquela que se apaixona tão fácil
Meu amor se endureceu
Com o tempo já cicatrizou
Já não sou quem morre por você
Yo No Creo En Los Hombres - Diana Reyes

POV Cristina

Eu sabia que minha gravidez poderia ser um tema especialmente sensível para Carlota. Ela estava casada há seis anos, período em que fez de tudo para engravidar e não conseguiu. Ela havia me contado que o marido fazia todas as suas vontades e que, juntos, procuraram toda a sorte de médicos. O último havia sido categórico em dizer que era muito improvável que ela fosse mãe algum dia.

Ela nunca teve coragem de dar essa notícia ao nosso pai, que confiava a ela e a mim a responsabilidade de lhe garantir a descendência. Sobretudo, esperava muito um neto homem a quem passaria a administração da fazenda e a sequência dos negócios. E agora, eu, sua irmã mais nova, estava grávida aos 17 anos.

No entanto, eu esperava de verdade que ela me ajudasse. Afinal de contas, éramos irmãs.

Ela me olhou de um jeito estranho. Será que estava me odiando? Será que pensava que era injusto que eu pudesse ter conseguido sem nenhum esforço algo que ela havia buscado por tanto tempo?

Era como se eu não visse mais a minha irmã que tanto tinha feito para me proteger naquele olhar. Mas eu não queria acreditar.

Ela estava lá. Ela tinha que estar lá em algum lugar.

Caminhei até a penteadeira e me sentei, olhando no espelho. Temia encará-la, temia sua reação, temia que ela contasse tudo ao nosso pai, mas não pude evitar explodir porque no fundo eu queria, ou melhor eu precisava que a verdade viesse à tona. Porque o que eu não podia admitir, não podia aceitar, era me casar com Frederico.

— Você não vai dizer nada? — Rompi o silêncio com os olhos úmidos.

Carlota caminhou até a cama, onde sentou-se e suspirou.

— O que eu posso dizer, Cristina? O que você fez com a sua vida? Você a desgraçou, a desgraçou! — Sentenciou, completamente descrente.

— Eu não fiz nada demais, Carlota. Eu só quero ser feliz. Só estou lutando pela minha felicidade.

— Lutando pela sua felicidade? Você chama se entregar a qualquer um, ficar grávida dele e provocar o maior desgosto na vida de nosso pai de lutar pela felicidade? — Cada palavra proferida por ela tinha uma alta dose de amargura.

— Ele não é qualquer um. Hernán é o homem que eu amo e eu sei que só com ele poderei ser feliz. Ele está organizando tudo, nós vamos embora juntos...

— Por favor, Cristina! Escute as coisas que você está dizendo! Para que nosso pai não saiba e que você esteja fazendo as coisas desse modo, ele só pode ser um morto de fome qualquer. Você vai embora e levar uma vida ordinária com um monte de filhos podendo ter tudo aqui? Você não pode fazer isso com sua vida, você tem 17 anos, não pode tomar esse tipo de decisão.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora