Twenty

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_____________ Chapter 20

A azulada se encontrava apreensiva na suíte hospitalar, as pontas de seus dedos pequenos suavam frio. Ela estava com medo, não sabia porque, mas sentia um aperto dolorido em seu peito.

Sua atenção é completamente desviada para porta assim que escuta a mesma se abrir dando a visão de uma senhora com roupa branca aparecer com uma bandeja prata em mãos parecendo conter alguns utensílios, aparentemente uma enfermeira.

Os olhos azuis curiosos se direcionam até a mulher que provavelmente não passava da casa dos cinquenta, a que vinha em sua direção, ou melhor, da direção daquela estrutura de ferro em que ficava ao lado da cama de hospital. Agora a senhora se encontrava erguendo a bolsa transparente com um líquido incolor que a mestiça suspeitava ser algum tipo de soro.

— Senhora Agreste, certo? — a enfermeira sorri tocando no braço da franco-chinesa verificando se a agulha ainda estava encaixada no local correto.

Marinette apenas balança a cabeça concordando sem dizer algo ainda com um certo receio que não fazia ideia de onde vinha.

— Meus parabéns, querida. — sua voz era doce mesmo que não olhasse diretamente para os olhos da paciente por estar ainda concentrada na ligação dos vasos sanguíneos.

— Como? — ela pisca confusa olhando diretamente para a senhora de madeixas claras.

— Você está perfeitamente bem. — coloca mais um curativo no contato da agulha com a veia.

— Então o que houve? — insiste ainda sem entender.

— De mulher para mulher. — a enfermeira sussurra para a outra de maneira divertida. — Você sabe muito bem o que está havendo. Quantas semanas de atraso? — passa um pouco de álcool no algodão para limpar os resquícios de sangue ao redor do antigo curativo. — Duas? três?

A garganta da designer de moda seca na hora enquanto começa a sentir todo seu corpo  entrar em uma espécie de pânico que já não sentia há algum tempo pela simples possibilidade que havia entrado em sua cabeça naquele momento.

— Eu estou grávida? — as palavras se atrapalham no meio de suas cordas vocais pelo nervosismo antes de saírem.

— Sim. — a senhora diz ocupada por estar concentrada demais em colocar mais líquido na bolsa transparente de soro.

Após a afirmação da enfermeira todos os sons ao seu redor acabam parando de ter o mesmo efeito de antes em sua audição e por um segundo era como se o seu coração também parasse ali.

Ela não podia ter mais filhos, não podia, não era possível. Era isso que a mesma pensava. 

E de repente sua mente já estava longe lembrando das roupinhas, dos laços, dos bichinhos, no sangue... e no silêncio de quando sua bebê havia "vindo ao mundo".

Back to black [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora