Capítulo 17: Como era a vida humana com os BTS?

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 - Eulália Pov. -

Eu vi aqueles olhos puxados lacrimejantes e sabia que era alguém que... existia. Tudo ficou escuro após chamar o seu nome e eu o continuei chamando mentalmente, mas algo me puxou para uma imagem branca, como se eu estivesse de frente para uma luz do sol e não conseguisse enxergar mais nada na minha frente.

Eulália? Parece que ela se mexeu...

Sim, também percebi.

Eu ouvia as vozes, mas não sabia distinguir o que era real e o que era imaginação. Eu só sentia um peso que me paralisava. Aquela luz foi diminuindo e, à medida que ela diminuía, eu sentia uma leveza voltando, uma força, uma energia boa e muito forte. Eu sentia mãos e braços que me carregavam no colo, não sabia quem era, mas sentia que era uma presença grandiosa; ou era mais de uma presença grandiosa.

Parecia que a minha consciência estava voltando para aquele lugar. Mas eu não conseguia abrir o olho, a cabeça ainda estava cansada. A voz da Grande Mãe falou suave:

- Minha menina, Eulália... O quanto que você lutou e fez pelo nosso povo... Eu quero que você retorne, não é a sua hora agora. Chamei para esta missão, Aparecida dos rios e Nina Anciã das águas.

Senti a sua mão sobre a minha testa junto com outras duas mãos que seguravam a minha cabeça. De repente, uma energia mágica tornou tudo leve, tudo vida, tudo normal. Consegui abrir meus olhos e me surpreendi quando vi as três mulheres: a Grande Mãe que me carregava em seus braços vestia azul, a Aparecida vestia amarelo e a Nina vestia roxo. As três sorriam pra mim.

- Eulália, você voltou! - A Grande Mãe disse alegre. - Janaína, traga o colar dela, a nossa sereia voltou!

Eu ainda estava tentando me situar no tempo e espaço; passei um bom tempo sem entender o que era real e o que era sonho.

- O-Oi... E-Eu ainda me s-sinto fraca...

- Shiiuu, não precisa falar ainda. Você está sendo cuidada pelas melhores curandeiras da região. - A Grande Mãe disse acolhedora.

- Eu consegui ver o que você viu, menina. Coloquei as flores amarelas para guiar o caminho da sua cabeça. Tem seres humanos que gostam muito de você. A conexão de vocês é verdadeira, mesmo que do outro lado do planeta. - Aparecida falava sorrindo.

- C-Como v-você entrou n-na minha ca-beça?

- Assim como a Grande Mãe, sou eu que cuido de todos os rios deste planeta; sejam os rios naturais ou os rios de nossos sentimentos. É lindo o que vocês sentem um pelo outro.

- Agora, você está liberada para ir vê-los, Eulália. - A Grande Mãe falou.

Eu tentava entender sobre o que ela estava falando. A minha memória ainda era um lugar escuro e sem muita informação.

- Ela ainda está confusa. - Nina falou serena.

- Já pode pôr o colar de conchas? - Janaína se aproximou segurando o objeto.

- Calma, ela ainda precisa descansar um pouco. Ainda não é hora. Eulália, você vai recuperar sua memória aos poucos. Dê o tempo necessário para se recuperar por completo e, depois, você faz aquilo que está em seu coração.

Após a fala da Grande Mãe, por um momento, lembrei vagamente de que eu havia ido para o outro lado do planeta, conhecido 7 homens muito gentis e depois retornei ao Brasil. Mas eu não lembrava o que me motivou a ir para tão distante e nem a voltar. Apenas lembrava do quanto eu gostava daqueles 7 rapazes asiáticos e do quanto que sentia falta deles. Parecia que havia uma conexão entre nós...

BTS: Sete Idols e Uma SereiaOnde histórias criam vida. Descubra agora