Coração em Chamas

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Nossos corpos se chocaram um contra o outro. Lilith ergueu a mão para me dar um soco, que foi bem efetivo, fazendo-me cair sobre uma lápide de cimento. Levantei-me e corri novamente em sua direção.

À nossa volta apenas as lápis eram testemunhas de nosso embate, o céu agora completamente noturno escondia entre nuvens pesadas as estrelas, o céu agora com leves relâmpagos iluminava a nossa batalha.

Lilith me deu um chute, mas consegui desviar e, com a mão direita, dei um soco em seu rosto, fazendo-a cair. Pisei em seu pescoço. Ela tentou se levantar, mas coloquei o outro pé em seu peito. Com ambas as mãos, segurei sua cabeça e comecei a puxá-la.

Eu queria que a luta acabasse ali, mas repentinamente me seguraram por trás, me puxando para longe de Lilith. Era a ruiva que havia me sequestrado a mando de Nikolai, ela segurava meus braços com força.

— Este inferno nunca vai acabar? Morre a praga e ficam os vírus? - eu gritei.

— Você demorou, Diana. disse Lilith.

— Desculpe-me, senhora, não queria estragar sua diversão.

Irritada, inclinei-me para frente de maneira repentina, erguendo Morgana e fazendo-a cair para frente. Assim que ela caiu, segurei-a pelo braço e a arremessei contra Lilith.

—Posso não ser a mais inteligente, mas você não é vampira há muito tempo, não é? - debochei enquanto ambas vinham em minha direção.

Eram duas contra uma, mas por pouco tempo. Dimitry e Viktor se juntaram a mim. Eles se ocuparam de lutar com as vampiras, Viktor contra Lilith e Dimitry contra Diana. Enquanto isso, eu procurava em meus bolsos o pó de sono e o segurava em minhas mãos. Mas, para ser sincera, eu não queria apenas colocar Lilith para dormir; eu queria acabar com ela.

Lilith ainda era mais forte que Viktor e o colocou no chão, pisando em seu pescoço. Ela estava prestes a decapitá-lo. Eu estava prestes a perder mais uma pessoa. Meus olhos se encheram de lágrimas quando ela me olhou debochando.

— Qual é a sensação de perder mais uma pessoa, entre tantas que você já perdeu?

Fechei minhas mãos e corri até ela em uma velocidade incrível. Segurei seu pescoço e a pressionei contra o chão.

—Você nunca mais vai encostar em ninguém que eu amo. Nem você, nem seus capangas. Nikolai era apenas mais um em seus jogos...

Meu ódio corria pelo meu corpo como eletricidade. Minhas mãos esquentaram como se estivessem com brasas. Aos poucos, fechei a mão com força, quebrando o pescoço de Lilith. Coloquei meu pé sobre seu peito e, com ambas as mãos, segurei sua mandíbula, puxando com força até arrancar sua cabeça.

— Dimitry! - gritei.

Saí de cima dela enquanto Dimitry incendiava o corpo de Lilith com seus poderes pirocinéticos. Ao ver a fogueira que se formava, joguei a cabeça de Lilith junto ao corpo enquanto ela virava poeira. Virei-me de frente para Diana, a ruiva, que estava ferida e fraca.

Puxei-a pelos cabelos e a levei para perto do fogo, com um olhar de desprezo.

—Por favor, não me mate! Eu farei qualquer coisa! - gritou ela, com medo.

— Você vai sair desta cidade sem olhar para trás. Se eu souber que esteve aqui novamente, eu não hesitarei, matarei você de maneira ainda mais dolorosa, sem pensar duas vezes.

Sem esperar resposta, empurrei-a em direção à terra. Diana saiu correndo sem olhar para trás. Olhei para Viktor e Dimitry.

—Acabou...? - senti a onda de eletricidade que passava pelo meu corpo se extinguir, um trovão ecoou no céu enquanto um relâmpago iluminou meu rosto. Meu corpo parecia cansado, meus batimentos cardíacos aceleraram e minha respiração ficou pesada. Minha cabeça tonteou e, aos poucos, acabei caindo no chão, inconsciente. Usar meus poderes de cálice sem estar pronta exigiu um preço, minha energia.

[6̲̲̅̅3̲̲̅̅6̲̲̅̅] palavras

O cálice de Elena Onde histórias criam vida. Descubra agora