I love you, it's ruining my life...

359 22 94
                                    

{twoshot -  parte 1, chrissy}

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

{twoshot - parte 1, chrissy}

+

1987, Indiana

Tudo começou quando ele a mandou escutar uma música.

Ela disse que gostava do pop do momento, ele deu aquele sorriso de lado, e mesmo que o gosto musical pesado dele os transforme em opostos, ainda assim ele a recomendou uma música: The Downtown Lights do Blue Nile.

Espera! Não, não foi aí que começou. Foi bem antes, muito antes dessa maldita música.

Começou em 1982, no show de talentos do ensino fundamental do colégio Hawkins. Nesse dia, a semente foi plantada, a primeira conversa, a primeira troca de olhares. E todo mundo sabe o que aconteceu depois: nunca mais se falaram, mas continuaram convivendo no mesmo ambiente como dois pseudo conhecidos que não fazem parte ativamente da vida um do outro, com poucas trocas de olhares pelos corredores em comparação ao número de anos.

É como morar num vulcão e nunca poder ver o fogo. É como ter o isqueiro na mão, mas nunca poder queimar. É como ver o seu fogo queimando em outro lugar, enquanto tudo o que resta para você é o gelo. É como desejar um toque macio, mas receber pregos.

E então a porra da rosa cheia de espinhos (ela é a rosa, ele é o espinho) que se originou dessa primeira semente plantada, germinou com todas as pétalas em março de 1986, ano passado, quando se encontraram no bosque atrás da escola. E todo mundo sabe o que aconteceu naquela tarde. Os olhares, os sorrisos, as mãos inquietas, as pupilas dilatadas ao mesmo tempo, as íris brilhando na mesma intensidade, a conexão repentina e inegável, os flertes, a sensação do "você não é como eu imaginei que seria" você é melhor, bem melhor.

Tão melhor que eu quero ficar perto.

Foi o único pensando da garota depois daqueles minutos ao lado dele.

Dele, dele, dele, dele...céus, ela até suspira. Ao ponto dos ombros subirem e descerem.

E então ela foi para a casa dele, de noite, caiu facilmente no papinho engraçadinho de Eddie Munson dentro daquela van.

E tem certeza que foi ali que começou, ou talvez tenha começado quando ele se jogou no chão naquele bosque só para a fazer sorrir.

E ela sabe que não deveria ir pra casa de outro cara e sorrir dentro do carro de outro cara quando se tem um namorado.

E ela não esquece aquela noite. Já faz um ano, e ela não esquece aquela maldita noite e tudo que poderia ter acontecido naquela maldita noite.

Em como ela entrou nervosa naquele trailer, com dor de cabeça, cheia de problemas, pensou que compraria alguns comprimidos com ele e iria embora para a própria casa. Mas não foi isso que aconteceu. Na verdade, eles passaram a noite inteira juntos, fumando no sofá, conversando e sorrindo um pro outro, surpresos por ver o quão fácil o papo surgia entre eles. Surpresa por o quão fácil ele conseguiu arrancar sorrisos dela.

Guilty as Sin - Eddie MunsonOnde histórias criam vida. Descubra agora