• Capítulo 19

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Seus olhos desafiadoramente encaram o velho que elegantemente sai de dentro do carro. As coisas que consegue sentir no instante em que seus olhos o enxergam, é o mais puro sentimento de raiva, misturado com a sensação do nojo e com todas as certezas que há em seu corpo, uma grande vontade de sacar uma arma e descarregar todas as balas em sua cabeça. No entanto, em seu rosto há um lindo sorriso de "seja bem-vindo", misturado a um olhar tão doce quanto o próprio açúcar.

De onde está, Logan vê todo o teatro capaz de ser interpretado por Katharina, que sequer parece a mesma mulher que conhece. Seus cabelos estão soltos, suas roupas são delicadas e escondem as marcas de sua pele, em seus pés há um sapato baixo e a cor da sua pele aparenta ser o mais doce dos pecados que um homem pode cometar. Ansioso para estar perto e sentir seu cheiro e a textura de seus cabelos, Logan se certifica de que seu pai se comportará.

Henri — O que significa isso? — Sentindo uma pontada em seu estomago pela reação completamente negativa de seu pai, Logan até mesmo se esquece de como respirar. — Eu estava ciente de que era uma mulher... Como eu posso me referir a ela?!

Logan — O que quer dizer com isso, pai?

Henri — Quando sua tia me contou de quem se tratava, relevei por achar que seria uma grande brincadeira. Fiz todas aquelas perguntas na tentativa de descobrir algo e não negou nada, nem por um segundo e ter a comprovação disso, me deixa decepcionado. — O homem vai abrindo sua boca, soltando suas abobrinhas mesmo já próximo o suficiente da família de Katharina, que vai desmanchando seu sorriso gradativamente.

Logan — Se contenha nos comentários pelo menos uma vez na vida!

Henri — Boa tarde a todos, me chamo Henri e sou o pai de Logan. Talvez ele não tenha mencionado a minha existência durante as conversas entre vocês e os possíveis jantares de família, mas garanto que eu estou bem vivo.

Eleonor — Desculpe, o senhor disse "possíveis"?

Henri — Queiram me desculpar, mas eu não acredito nessa história de casamento. Meu filho mal conhece essa mulher, afinal, ela esteve todos esses anos na cadeia, onde ela teria tempo para conhecê-lo? — Olhando para Katharina, que está com o olhar mais sério do que o de costume, Logan sente mais uma pontada e dessa vez, pressente uma grande confusão.

Eleonor — Não acredita que as pessoas podem se apaixonar em pouco tempo?

Henri — Eu acreditei no amor em uma época, no entanto, essas coisas acontecerem alguns dias como meu filho alega ter acontecido? É querer brincar com a minha cara.

Logan — Pai, o que eu disse sobre controlar as palavras?

Katharina — Exatamente, senhor Vicent. Creio que o senhor está acostumado a viver em um mundo um pouco diferente do nosso e como alguém criada por uma boa mãe. lhe garanto que meus sentimentos para com seu filho, são os mais verdadeiros que possa existir.

Henri — É uma piada? — Cobrindo a boca para sorrir e debochar das palavras, o homem olha para Logan, que tem total seriedade em seus olhos. — Por acaso vocês quatro combinaram todo esse teatro para me fazer acreditar que uma assassina se apaixonaria por meu filho? — Sua voz deixa de soar divertida e escala para uma gritaria sem necessidade.

Eleonor — Está insinuado que minha filha se aproximou de seu filho apenas para se aproveitar dele?

Henri — E o que mais seria? É notável que são uma família de boas condições. Mas ela, o que ela tem a oferecer para qualquer um de nós? Uma mulher que no auge de sua juventude se prestou a um papel ridículo e sequer teve forçar suficientes para salvar a própria irmã. Sua vingança não passou de uma tentativa de encobrir sua capacidade de ter agido no memento certo. O que queria além disso? Ser vista como heroína?

The Mobster The MurdererWhere stories live. Discover now