12. Música (Revisado)

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Música = Lifehouse - You and me.

Não esqueçam das minhas estrelinhas e comentários.

Boa leitura

Participe do grupo no Facebook: Andressa Nunes - Escritora  

***

– Juliene? – a pergunta sai falha.

– Oi – diz timidamente.

Não penso dias vezes e corro para abraçá-la. Eu temia não receber mais esse abraço. Um abraço que me transmite amor e segurança. Ela me abraça de volta, fortemente. Ambas estávamos precisando dele.

– Que saudade – diz me soltando.

– Muita saudade – nos encaramos. – O que faz aqui?

– Vim te ver. Você nos deu um grande susto.

– Nem foi tão grande assim.

– Grande o suficiente para me fazer despencar de Liverpool até aqui.

– Eu sinto muito por isso.

– Não sinta – nos sentamos no sofá da sala de estar. – Eu nunca entendi o porquê de você sempre tomar as dores do mundo, quero dizer, você sempre se preocupa de mais com os outros e esquece-se de você.

– Eu me preocupo comigo.

– Qual foi á última vez que isso aconteceu? – penso por um instante. – Exatamente. Isso nunca aconteceu.

– Mas se eu não aceitasse, – ela sabe do que estou falando – você não teria ido para Liverpool.

– Fico feliz que tenha dito isso. Ficar esse tempo em Liverpool foi ótimo. Eu não vejo o mundo da mesma forma.

– Fico feliz por você – dou um sorriso amigável.

– Mas me conta... Quais as novidades?

– Fui promovida.

– É verdade, eu vi uma matéria em uma revista – diz animadamente.

– E amanhã eu embarco para Los Angeles, e depois para o mundo, literalmente.

– Parabéns, pirralha – tinha saudades de ser chamada assim. – E o casamento? – sua voz muda e a culpa me invade.

– Bem – respondo indiferente. – E você? – seu rosto se ilumina novamente.

– Como eu disse: ótima – ela levanta a mão direita, me mostrando um anel simples, mas lindo. – Estou em um compromisso – informa.

– Juliene Dorgal em um relacionamento sério. Se me contassem eu não acreditaria – brinco.

– Engraçadinha – ela faz uma careta.

– Mas com quem?

– Thales.

Meu queixo cai.

– Thales, o nosso Thales? Digo o da Leticia? – eu tropeço nas palavras e ela ri.

– É, esse mesmo.

– Como aconteceu?

– Ele meio que me... – ela hesita – ajudou a esquecer das coisas.

– Eu sin... – ela interrompe.

– Já disse para não sentir – ela olha em seu relógio. – Olha só a hora. Melhor eu ir.

– Ah, um pouco mais.

– Você tem coisas para arrumar e eu também – aquiesço. – Nos vemos depois da viagem.

Por Livre e Espontânea PressãoWhere stories live. Discover now