Contradições

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Mcqueen e Marcelina durante esses meses, tiveram diversos encontros. Sua paixão e admiração crescia cada vez mais e mais. Dês então, não conseguiram mais ficar longe um do outro. Os dois estavam realmente cegos de amor, e apesar dos obstáculos, nada mais os impedia.

Marcelina ~P.O.V.                                             


Esses últimos meses foram maravilhosos. Tudo parecera belo e radiante, até as coisas mais simples possuía beleza para mim. Fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem como nesses tempos, eu literalmente não estava mais importando com o que poderia acontecer.
  Em mais um dia normal de trabalho, eu cantarolava alegremente. Mcqueen iria me mostrar uma surpresa como da última vez, perguntei se iríamos ver um outro fenômeno estelar mas ele disse que não. Disse que seria algo diferente e estava curiosa pra saber da tal surpresa.
  Valéria de repente se aproximara:
  —   Oi amiga - Diz ela chegando chateada.
  — O que houve Valéria? - Pergunto preocupada.
  — É que eu persegui o Davi esses dias. - Indignada, respondo.
  — De novo Valéria! Quantas vezes vou ter que te dizer que o Davi jamais iria trair você?!
— Eu sei amiga, eu tô me sentindo horrível agora. - Respiro fundo e já calma pergunto.
— O que houve dessa vez?
— O Davi tem tem chegado muito tarde em casa, a loja dele fecha às 18:00 e ele chega às 20:00, eu até fiquei preocupada. - Ela fita o chão triste - Ele ainda trazia uns lencinhos pra casa e eu estranhei isso sabe, ele disse que era presente e fiquei mais indignada ainda. - Ela me olha de volta — Foi aí então que eu decidi perseguir ele. Quando tava quase na hora da loja dele fechar, fui até lá e esperei um pouco.
— E aí? - Pergunto atenta às palavras de minha amiga.
— Daí deu o horário e comecei ir atrás dele, vi ele fazer um caminho diferente de casa e bem mais longo, e quando ele foi avançando...- Ela para pensativa - Vi ele encaminhando pra dentro do asilo.
— Ele - Sim Marcelina - A mesma completa minha fala - Ele tava indo fazer visita pra aqueles pobres velhinhos que foram deixados pelas suas famílias, e os presentes que ele recebia eram deles como forma de agradecimento - Ela continua botando a mão no rosto.
— Valéria, o Davi fazendo caridade e você suspeitando dele de traição!
— Ei amiga - Ela diz angustiada - Eu nunca mais vou pensar assim do meu Davizinho, nunca - Chego perto dela e dou um abraço na mesma.
— Agora você aprendeu a lição e tá tudo bem. Você tem sorte de ter o Davi na sua vida. - Ela assente com a cabeça.
Essa história da Valéria tocou meu coração. Saber do ato de bondade que seu marido estava fazendo fez repensar nas minhas atitudes que fiz nesses últimos meses, eu sabia que não estava sendo uma boa companheira para o Mário apesar de amar Mcqueen também. Enquanto Davi visitava pessoas frágeis deixadas pelas suas famílias, eu estava deixando meu outro amado na calada da noite sozinho pra ver outro...

Chegando em casa, vi que Mário já estava lá, ele se aproximou e me deu um beijo de leve.
  — Meu amor - Ele fala sorrindo - Eu quero que essa noite seja nossa - eu sorrio de volta - Eu vim cedo pra casa justamente pra preparar um jantar pra gente, sei que estamos distantes um do outro Marcelina, por isso que eu quero retribuir isso hoje - Ele se vira e em minha frente, vejo uma mesa com dois pratos em direções opostas um do outro e entre eles, uma vela acesa.
  — Mário, você...- Digo encantada com tudo aquilo.
— Eu fiz tudo isso por você, e o Rabito me ajudou inclusive - Ouço latidos vindo do canto da sala e vejo o animal nos observando. Solto um riso e digo.
— Obrigada meu amor, eu te amo muito.
  - Nos entre olhamos e então Mário diz brincando.
  — Pode se sentar madame, irei te servir já já - Ele corre até a cozinha e vem de volta com uma panela onde nela havia macarronada. Meu prato predileto.
Ele despeja um pouco da massa em meu prato, no seu, e em seguida coloca a panela ao lado na mesa.
  Comemos, conversamos e rimos. Foi uma noite maravilhosa, fazia muito tempo que eu não tinha um momento como esse com Mário, eu estava sentindo falta daquilo tudo.
 

No dia seguinte, acordei extremamente bem comigo mesma. Despedi do Mário e fui para o trabalho. Cheguei ao trabalho e comprimentei a todos e principalmente minha amiga Valéria.     
  Naquele dia o mesmo passou rápido que nem percebi, além de fazer minha parte na empresa, fiquei pensando na noite passada. Voltei pra casa e a rotina da noite aconteceu da mesma forma de sempre.
Mário cansado, jantou e foi dormir pois o dia havia sido cheio pra ele, o mesmo me deu um beijo e foi dormir. Não estava com fome então comi apenas uns biscoitos e fui pra cama.
Quando eu estava pra dormir, me lembrei de Mcqueen e seu encontro que eu havia marcado justamente ontem com ele. Saí ligeiramente da cama e saí de casa desesperada em direção á praça onde é nosso ponto de encontro.
Chegando lá, coincidentemente vejo o mesmo observando o céu e vou até ele.
  — Mcqueen! - Ele se vira pra mim com uma expressão atordoada que se transforma em indignação.
— Marcelina! Por que você não veio! Eu fiquei te esperando durante horas!
— Me desculpa, eu não tive como ir! - Grito com ele triste — Eu passei a noite com o Mário!
— Mas poxa! Tinha que ser justo ontem! Marcelina, eu fiz tudo aquilo por você e você me deixou jogado nessa praça!
— Mcqueen! Ele é meu namorado! Você sabe que eu também amo ele - Grito indignada e o mesmo se acalma após se dar conta da situação.
  - Desculpa Marcelina, eu sei disso, eu sei que você é comprometida - Ele diz chateado - Sabe, as vezes me sinto culpado por não poder fazer coisas além de beijos com você - Mcqueen...- Eu NÃO POSSO FAZER MAIS NADA ALÉM DISSO - Ele diz chorando e me aproximo dele da mesma forma que ele.
  — Mcqueen, independente do que você souber ou não souber fazer comigo, eu vou continuar te amando
— Eu queria poder te tocar Marcelina, eu queria ir até onde eu não consigo - Não precisa! - Interrompo. A sua presença, os seus beijos, tudo me faz sentir mais que bem. O amor não é só isso. Eu te amo. -
Termino e dou lhe um beijo imediatamente. Beijo com vontade como se fosse pela última vez, minha língua brinca mais uma vez com a sua que logo a mesma participa sem hesitar, acaricio seu capô, beijo os cantos dos seus lábios. Faço carinho também em seus pneus e vou em direção a um dos seus parabrisas e mordo num pedaço como se fosse sua orelha e volto a beijá-lo eufórica.
  — Como eu queria - Ele para sussurrando e depois volta me beijar da mesma forma que eu. Depois disso, paramos por conta da falta de ar.
Eu me apaixonei completamente por ele. Mcqueen me fazia feliz, ele fazia de tudo por mim, além de amoroso ele era um grande amigo, nós nos entendíamos, tínhamos coisa em comum, nós sentíamos que ali havia uma conexão muito forte. Minha consideração por Mário é enorme, mas durante esses meses senti que Mcqueen era pra mim. Ele não é um homem mas eu quero que ele seja o AMOR DA MINHA VIDA!
  Não quero magoar Mário e nem que ele seja vítima dessa traição. A noite ontem foi boa por conta deste sentimento que ainda tenho e não me arrependo de forma alguma que eu tenho por ele. Então, tomo uma decisão.
Olhei para Mcqueen e disse.
— Eu vou fazer a coisa certa. - Ele arregala os olhos.
— O que vai fazer?
—  Eu serei oficialmente sua. - Ele sorri e diz.
— Pode deixar, eu serei seu príncipe e você será minha princesa.

AMOR CEGO Relâmpago Mcqueen x Marcelina (Carrossel)Onde histórias criam vida. Descubra agora