Capítulo 41

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24 horas depois


Taylor estava sozinha na sua casa em Cornelia Street, sentada no sofá da sala de estar, tentando controlar a dor persistente no abdômen que só parecia crescer. Tree havia saído para comprar algo para elas comerem, e o silêncio na casa era quase ensurdecedor. Ela olhou ao redor, tentando encontrar algo que pudesse distraí-la do turbilhão de pensamentos e sentimentos que a assombravam.
Com um suspiro, pegou o celular. Talvez checar as redes sociais ou assistir a algum vídeo pudesse ajudar a passar o tempo até Tree voltar. No entanto, assim que desbloqueou a tela, um pensamento intrusivo a fez hesitar. Contra seu melhor julgamento, ela abriu o navegador e procurou seu nome.

Os resultados foram devastadores. Comentários e manchetes cruéis inundavam a tela, acusando-a de trair Travis e questionando seu caráter. Cada palavra era como uma faca em seu coração, e a dor emocional se somava à física.

"Como ela pôde fazer isso com Travis?"
"Taylor Swift não é confiável."
"Espero que Travis Kelce termine com ela."

As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Taylor enquanto ela lia, cada comentário pior que o anterior. A dor no abdômen se intensificou, e a respiração dela começou a ficar rápida e irregular. Sentiu uma pressão no peito, como se estivesse sendo esmagada.

-"Não... por favor, não..." ela murmurou, tentando afastar o telefone, mas seus olhos estavam presos na tela.

Um comentário em particular fez com que ela perdesse o controle: "Ela não merece ser mãe."

Taylor sentiu como se todo o ar tivesse sido sugado de seus pulmões. Começou a hiperventilar, o coração batendo descontroladamente no peito. Tentou respirar fundo, mas a ansiedade a dominava.

-"Respira, Taylor... respira..." ela disse a si mesma, mas era inútil. As lágrimas caíam livremente, e a visão começou a ficar turva.

-"Não consigo... não consigo..." ela repetia, apertando o celular com força, como se ele fosse a fonte de toda a sua dor.

A dor no abdômen se tornou insuportável, e Taylor dobrou o corpo, abraçando-se na tentativa de aliviar a sensação. O pânico crescia, e ela começou a tremer.

-"Tree... Tree..." ela tentou chamar, mas sua voz saiu fraca, quase inaudível. Sentia-se presa em um redemoinho de emoções, incapaz de encontrar uma saída.

Taylor tentou se levantar, mas as pernas não a sustentaram. Caiu de joelhos no chão da sala, ainda segurando o celular. A dor e o medo a consumiam, e ela sentia que estava à beira de um colapso.

-"Preciso de ajuda... preciso de ajuda..." ela sussurrou, mas ninguém estava lá para ouvi-la.

A respiração ficava cada vez mais difícil, e Taylor sentia como se fosse desmaiar. Tentou focar em algo, qualquer coisa, para se ancorar à realidade, mas a ansiedade era avassaladora.

Taylor sabia que havia remédios na cozinha que poderiam ajudá-la a se acalmar e a aliviar a dor. Reunindo todas as suas forças, ela tentou se levantar novamente. Suas pernas tremiam enquanto ela se segurava no sofá para se apoiar.

-"Preciso... me acalmar..." ela murmurou, tentando se convencer de que poderia fazer isso.

Dando passos lentos e trôpegos, ela se dirigiu à cozinha, cada movimento trazendo uma nova onda de dor e desconforto. O caminho parecia interminável, e a visão dela estava embaçada pelas lágrimas e pela dor.

-"Você consegue, Taylor... só mais um pouco..." ela dizia a si mesma, tentando manter o foco.

Quando finalmente chegou perto da bancada da cozinha, a dor se intensificou de tal forma que parecia insuportável. Seus joelhos começaram a ceder, e ela sentiu uma vertigem intensa.

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