Uma Aposta Pra Você

Alma poética

Medo? Aconchego? Culpa?

Que merda de sentimento era aquele?!

Apenas uma aposta.

O único que tinha certeza, era a confusão, que se negava em deixar espaço para duvidas. Estava ali. O tempo inteiro.

Que porra estava fazendo?

Apenas uma aposta.

Amaury se sentia confuso por não entender seus próprios sentimentos, isso era óbvio, mas..

Tinha sentimentos?
Não podia ter.
Tinha que se lembrar oque isso era.

Apenas uma aposta.

Diego e Amor não poderia estar na mesma frase.

Que merda.
Estavam?

_ Diego, Diego.. O que tá acontecendo, hein?

APENAS UMA...

Confuso pra ele, e confuso pra gente.

Mas, e se voltássemos um pouco?
Exatos, seis dias atrás.

Uma Aposta Pra Você.
Dia 2

_ E então, Diego! Não vai me dizer nada?

Encostado na porta de seu apartamento, Diego sorriu ladino, fitando o outro com olhos curiosos.

Não podia acreditar naquilo. Estava mesmo sendo convidado para sair com uma pessoa que ainda nem saiu de sua casa? Ok, isso era incrível e um tanto.. improvável, talvez?

D- Não sei.. - Olhou para o lado, travesso, querendo ouvir um convite de uma forma mais verbalizada.

A- Engraçadinho! É sério. O que vai fazer hoje?
D- Convida logo, Amaury.

O maior sorriu. Revirando os olhos, se rendeu.

A- Quer fazer alguma coisa a noite? Comigo.
D- Com você? - Sorriu. - Com você eu quero.

Amaury gostou da resposta mais do que deveria.

A- Te busco as vinte.- Entrou no elevador que o esperava.

D- Espera! Aonde onde vai me levar?
A- Mais tarde cê descobre.

Portas de elevadores se fechando e o sorriso de um certo ruivo se abrindo largamente em seu rosto.

Diego não saberia explicar oque aconteceu.

Entrou em seu apartamento, fechou a porta e se encostou, ainda de sorriso e boca aberta, um tanto sem reação, e.. Feliz. Feliz até demais.

Se sentia um tolo por tal sentimento. Se sentia como, um adolescente emocionado que foi convidado para sair com uma paixonite de colégio.

_ Diego, Diego.. - Sussurrou seu nome em forma de repreensão consigo mesmo. Não tinha ideia de onde estava se metendo, mas, mesmo assim, recuar não era uma opção porque, novamente, não sabia aonde estava entrando, estava apenas.. Caminhando. Cegamente. Confiando em outro alguém. Caminhando. Em passos, calmos? Mas caminhando.