Paixão assassina

Capítulo Quinze

Daman

Eu levo Quinn para casa e preparo um banho para ela. Ela realmente ama os jatos daquela coisa e depois de algumas rodadas de sexo com ela, eu também adoro. Mas agora eu tenho um tipo diferente de limpeza que precisa ser feito.

Coloco uma taça de vinho e um prato de queijo e biscoitos ao lado da banheira e dou um beijo rápido na testa dela.

"Você não vai entrar?". Ela levanta um dedo do pé rosa para fora das bolhas e o balança para mim.
Eu engulo em seco e me arrasto para a porta.

"Nah, eu tenho alguns trabalhos de casa para fazer. Você relaxa e quando terminar, podemos ir para o restaurante mexicano e pegar os tamales que você gosta. Grite me chamando se quiser alguma coisa".

Eu pulo fora do banheiro rapidamente para não ficar tentado a ficar. Assim que estou na minha cadeira, pego as imagens de vigilância que ignorei nas últimas três semanas.

Quinn tem estado comigo quase todos os minutos livres do dia, então não houve necessidade de olhar
para a filmagem. Se ela não está comigo, então ela está na aula. Eu não preciso das câmeras. Tenho meus próprios dois olhos, mas estou feliz por não os ter removido, porque poderei ver exatamente o que está acontecendo no apartamento dela.

Meu programa de software despeja o feed em um arquivo a cada vinte e quatro horas e eu não excluí nada. Se ele estiver fazendo algo obscuro, eu o pegarei.Eu comecei a olhar desde ontem, pois Quinn sentiu que algo estava errado.

Sua colega de quarto rola para fora da cama, passa por cima da máquina de café e vai direto para o freezer. Ela pega um pequeno litro redondo de alguma coisa e passa cinco minutos encostada no balcão para comer.

Eu avanço rápido. A menina se lava,desaparece no banheiro, sai parecendo outra pessoa e sai. Depois de quinze minutos, a porta se abre e uma cabeça quadrada aparece. Ele limpa a garganta.

"Alguém em casa? É o Chris. O faz-tudo". Quando ele não ouve resposta, ele abre a porta e desliza para dentro.

Depois de trancar a porta, ele vai para a cozinha, onde vasculha os pratos que a colega de quarto lavou. Ele leva uma xícara ao nariz e cheira. Esse cara é estranho pra caralho.

"O que você está fazendo?".

Quase pulo da cadeira em estado de choque.

"Quando você saiu da banheira?". Eu não a tinha ouvido. Isso nunca aconteceu comigo antes.

"Isso é...". Ela se inclina para frente. Eu me movo para tentar bloquear sua visão, mas ela viu meus monitores. Eles são difíceis de perder. "Meu apartamento?".

Eu pego confusão em sua voz, como se ela não quisesse acreditar no que seus olhos estão vendo. Luto por uma desculpa, mas minha mente está em branco. Normalmente sou melhor nisso. Posso inventar uma mentira simplista se precisar, mas também estou muito mais alerta. Eu não teria permitido que isso acontecesse, mas fiquei
complacente.

"Espere um segundo". Ela olha para a tela e depois para o balcão onde estão os eletrodomésticos.

"Essa torradeira é a mesma que eu tenho e a cafeteira também. Eu não sabia que elas tinham em verde. Há quanto tempo você está me observando?". Ela se vira de volta para mim e me encara. "Você está me espionando? Meu pai está pagando para você me espionar?".

"Não. Porra, não. Eu disse que o mataria por você. Por que eu espionaria para ele?". Passo a mão pelo cabelo curto.

"Não sei, é por isso que estou perguntando. E vamos conversar sobre por que você sempre diz que mataria...". Ela para abruptamente. Seus olhos vão de fendas estreitas e questionadoras a círculos largos e surpresos. Então ela balança a cabeça."Quinn, você não está em nenhum maldito filme de ação".